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Eneva (ENEV3) recua após renúncia de CEO; o que fazer se ação cair mais?

03 nov 2022, 19:05 - atualizado em 03 nov 2022, 19:06
Eneva ENEV3
Companhia divulgou na terça-feira (1º) à noite um fato relevante comunicando o mercado da intenção do CEO, Pedro Zinner, de renunciar ao cargo (Imagem: Divulgação/Eneva)

As ações da Eneva (ENEV3) estiveram entre os destaques de queda do Ibovespa nesta quinta-feira (3).

A empresa do setor de utilities recuou 3,4% na Bolsa, a R$ 13,64. Na mínima do pregão até o momento, o papel chegou a ser negociado a R$ 13,20.

A companhia divulgou na terça-feira (1º) à noite um fato relevante comunicando o mercado da intenção do CEO, Pedro Zinner, de renunciar ao cargo.

No comunicado, a Eneva afirmou que Zinner, no cargo há quase seis anos, deixará a empresa para “se dedicar a novos desafios profissionais”.

A gestão de Zinner foi marcada pela reestruturação econômico-financeira da Eneva. Com a saída do executivo, o conselho de administração da Eneva iniciou o processo de sucessão do diretor-presidente.

A companhia disse que Zinner contribuirá no processo de transição e permanecerá no cargo até a data do seu desligamento, ainda a ser definida em conjunto com os conselheiros, mas não após 31 de março de 2023.

A queda de hoje pode ser uma reação dos investidores quanto aos motivos que fizeram Zinner deixar a diretoria da Eneva, avalia o Itaú BBA, que já esperava uma reação negativa do mercado.

O BBA destaca que a Eneva possui um pacote de compensação bastante agressiva, com diversas compensações elevadas e incentivos de longo prazo.

A ação também tem se destacado pela boa performance nos últimos anos, fazendo de Zinner um dos CEOs mais bem pagos no Brasil, acrescenta.

“Existem algumas maneiras de interpretar esse evento. Alguns podem suspeitar que ele não está mais tão otimista com o cenário de longo prazo da companhia, fazendo sua compensação futura parecer menos atrativa. Outros podem olhar para isso como uma evolução natural que simplesmente reflete o desejo pessoal de Zinner de perseguir um novo desafio, tendo nada a ver com perspectivas relacionadas à Eneva”, avalia o BBA.

Há pouco, a Stone (STNE) anunciou que Zinner assumirá a presidência-executiva da companhia de meios de pagamento. O atual presidente, Thiago Piau, que lidera a empresa desde 2017, assumirá uma cadeira no conselho de administração.

E se ação cair muito?

O BBA afirma que, desde o leilão de 30 de setembro, a ação da Eneva tem sido negociada abaixo do valor dos ativos existentes, indo em direção contrária ao movimento dos últimos dois anos, com o papel sempre negociado acima do valor de seus ativos – algumas vezes “com muito do crescimento futuro implícito no preço”.

De acordo com o BBA, a reação negativa do papel ao leilão recente pode ser explicada pelo resultado, que não superou as altas expectativas do mercado para a companhia.

Para investidores de curto prazo, o BBA acredita que a Eneva pode não ser a melhor opção de investimento.

“Não vemos nenhum catalisador relevante nos próximos meses”, diz a instituição.

Porém, para o investidor que olha mais para o longo prazo, o BBA afirma que agora pode ser uma grande oportunidade para comprar a ação.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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