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Ericsson vê margem no piso da meta e acelera cortes de custos

15 dez 2022, 15:14 - atualizado em 15 dez 2022, 15:14
Sede da Ericsson
A empresa agora está acelerando planos para cortar custos em 9 bilhões de coroas suecas  (Imagem: REUTERS/Olof Swahnberg)

A fabricante sueca de equipamentos de telecomunicações Ericsson disse nesta quinta-feira que atingirá o limite inferior de sua meta de longo prazo de margem Ebitda de 15% a 18% até 2024, já que vários de seus mercados mais lucrativos apresentam sinais de desaceleração.

A empresa, uma das maiores fornecedoras mundiais de tecnologia 5G, prevê que o mercado de equipamentos 5G terá um crescimento anual de 11% nos próximos três anos, enquanto o mercado geral está estável.

“Alguns de nossos clientes, como na América do Norte, estão orientando para um menor Capex após um crescimento rápido no início de 2022”, disse o presidente-executivo Borje Ekholm aos investidores em seu Capital Markets Day.

Enquanto os Estados Unidos e outros mercados desaceleram, a Ericsson espera que mercados mais novos, como a Índia, ajudem a equilibrar parte da menor demanda por equipamentos 5G.

A empresa agora está acelerando planos para cortar custos em 9 bilhões de coroas suecas (880 milhões de dólares) até o fim de 2023.

Depois que Ekholm assumiu o cargo em 2017, a Ericsson fez cortes profundos de custos, demitiu milhares de funcionários e se concentrou em pesquisa para tirar a companhia do vermelho.

Embora a demanda por equipamentos 5G tenha sido forte, os estágios iniciais de lançamentos tendem a ter margens mais baixas, o que significa que grupos de telecomunicações como a Ericsson e a rival finlandesa Nokia contam com royalties de patentes para aumentar os lucros.

Na semana passada, a Ericsson anunciou acordo global com a Apple para encerrar uma longa batalha legal sobre pagamentos de royalties para patentes 5G em iPhones que prejudicou seus lucros e ações este ano.

A Ericsson também está sob a mira dos reguladores dos Estados Unidos após a divulgação de possíveis pagamentos da empresa ao Estado Islâmico no Iraque.

“Continuamos investigando minuciosamente em cooperação com as autoridades para entender se as alegações podem ou não ser comprovadas”, disse Ekholm.

A Ericsson havia resolvido em 2019 alegações de suborno com as autoridades dos Estados Unidos, pagando uma multa de mais de um bilhão de dólares, e analistas esperam que o escândalo no Iraque possa levar a outra grande multa.

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