Combustíveis

Etanol: queda ou estabilidade ante risco de redução na gasolina por tombo do petróleo?

29 out 2020, 15:24 - atualizado em 29 out 2020, 15:32
Petrobras PETR3 PETR4
Toda atenção à Petrobras diante das fortes quedas do petróleo (Imagem: Agência Brasil/ Marcello Casal Jr)

Os mais de 5% perdidos na quarta e os mais de 3,20% nesta quinta (29) pelo petróleo deixaram a Petrobras (PETR3; PETR4) na iminência de reduzir o valor da gasolina nas refinarias, mesmo que haja alguma recuperação no último dia da semana. E deve dar estabilidade ou queda nos preços do etanol na usina, após semanas de altas seguidas.

Ao fechamento de Londres (barril do Brent) e de Nova York (WTI), o petróleo desceu às mínimas de 5 meses, a US$ 38,03 e US$ 36.

Na região de Ribeirão Preto, ontem o valor bruto negociado estava em torno de R$ 2,47, R$ 2,48, o litro, segundo Maurício Muruci, analista da Safras & Mercados.

Para a trading Grupo Triex, hoje o valor girava nos R$ 2,50, antes do fechamento do mercado.

O etanol hidratado, com elevação de 1,50% na semana passada na indústria, a R$ 2,0452 livre de frete e impostos, em levantamento do Cepea/Esalq, já entrou nesta tendo que enfrentar a gasolina em recuo de 5%, a partir da terça.

O mercado monitora a situação global da covid-19, e os consequentes lockdowns, tirando poder de demanda do petróleo, mais uma situação de estoques de etanol acima da média, avalia Muruci.

Paulo Strini, trader do Triex, já vê inventários menores.

Há uma demanda mais encorpada, porém deverá enfrentar limitações.

Strini é cauteloso quanto aos impactos imediatos sobre o etanol, além do que acredita que o dólar em crescente aumenta o custo da importação do petróleo e limita o recuo da gasolina.

Ponto que para o analista da Safras & Mercados é de “apenas” 30% o fator cambial refletindo no óleo cru.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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