EUA: Índice PMI cai a 51,5 e mostra indústria com desempenho da crise de 2009

O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos referente ao industrial caiu a 51,5 em agosto, de 52,2 em julho, de acordo com a leitura divulgada nesta quinta-feira (1) pelo S&P Global.

Trata-se da maior taxa de queda experimentada pelo indicador desde julho de 2020. O resultado reflete o declínio no número de pedidos que, por sua vez, foi associado aos impactos da inflação nos hábitos de consumo.

Do lado da oferta, o relatório do S&P indica uma melhora nos gargalos de fornecimento de matérias-primas, moderando o avanço dos custo de produção para a menor taxa de crescimento desde o início de 2021. A indústria americana também apresentou o menor ritmo de crescimento dos preços de venda em um ano e meio.

Já a redução dos preços finais observada em agosto embasa o esforço das empresas de manter as margens sustentáveis de vendas.

Contratações e investimentos em produção reticentes

Em seu comentário, o sênior da S&P Chris Williamson analisa que, a parte do período pandêmico, o número de agosto registra o pior resultado para a manufatura americana desde a crise global de 2009. 

Williamson nota também que a maior queda na demanda se deu com relação a equipamentos e maquinaria, apontando declínio em investimentos em produtividade e elevada aversão ao risco.

Similarmente, o crescimento mais achatado da folha de pagamento revela um setor reticente em expandir a força de trabalho, face a um ambiente de demanda deteriorada.

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NY aprofunda queda

O dado preocupante do PMI industrial trouxe mais aversão ao risco nas bolsas em Nova York, que aprofundaram as quedas observadas ainda antes da abertura do pregão.

Às 12h25, Dow Jones cai 0,46%, S&P 500 recua 1,06% e o Nasdaq perde 2,11%.

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