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Ex-CEO da FTX teria usado laranjas para fazer 300 doações políticas; entenda

23 fev 2023, 19:01 - atualizado em 23 fev 2023, 19:01
FTX
SBF pode responder por crime de conspiração (Imagem: REUTERS/Mike Segar)

Sam Bankman-Fried (o ‘SBF’), o ex-CEO da FTX, se tornou alvo de mais uma acusação nessa quarta-feira (22). Segundo noticiado pela Reuters, SBF e pessoas próximas fizeram mais de 300 doações políticas ilegais nos EUA.

Os promotores sustentam que, para driblar o limite de contribuição pessoal para candidatos, SBF teria recorrido a terceiros (“laranjas”) ou fundos corporativos para fazer as doações.

O documento apresentado pela acusação, e obtido pela Reuters, contextualiza que Bankman-Fried explorou a confiança que os clientes da FTX depositaram nele e em sua bolsa, roubando depósitos e usando bilhões de dólares em fundos roubados para uma variedade de propósitos.

Fundada em 2019, a FTX se tornou uma das principais bolsas de criptomoedas do mundo, com a explosão dos ativos nos últimos três anos que fizeram o patrimônio líquido de SBF atingir a marca de 26 bilhões de dólares.

As acusações adicionais sobre SBF o enquadram no crime de conspiração para cometer fraude bancária e conspiração para operar um negócio de transmissão de dinheiro não licenciado.

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SBF fez contribuições milionárias a democratas nos EUA

Como noticiado anteriormente pelo Money Times, a expansão vertiginosa do patrimônio de Bankman-Fried o levou a se tornar também o segundo maior doador individual do partido democrata em 2022.

SBF chegou a gastar cerca de US$ 37 milhões durante as eleições de meio de mandato, apoiando candidatos e causas atreladas ao partido de Joe Biden.

O ex-CEO da FTX já havia contribuído com US$ 5 milhões para Biden e apoiadores do presidente nas eleições de 2020, no que pode ter ajudado o democrata a turbinar anúncios em estados decisivos na véspera da decisão presidencial de 2020.

A promotoria de Manhattan não comentou para quais candidatos foram feitas as doações irregulares.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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