Mercados

Fed deve reduzir aperto em setembro e interromper ciclo após alta em novembro

27 jul 2022, 16:14 - atualizado em 27 jul 2022, 16:18
Federal Reserve
Federal Reserve deve reduzir ritmo de alta nas reuniões de setembro e de novembro, quando ciclo de aperto monetário deve ter pausa (Imagem: REUTERS/Sarah Silbiger)

A decisão dentro do esperado do Federal Reserve de elevar a taxa de juros nos Estados Unidos em 0,75 ponto percentual (pp) abre espaço para altas menores nos próximos dois encontros. Mais que isso, o Fed caminha para interromper o ciclo de aperto monetário antes do fim deste ano.

“Após o aumento de 0,75 pp hoje, espera-se que o Fed diminua o ritmo de aperto para altas de 0,50 pp em setembro, seguida de 0,25 pp em novembro, quando o Fed fará uma pausa e avaliará o equilíbrio de riscos à economia”, prevê o economista e sócio da BRA, João Beck

Na mesma linha, Andrey Nousi, fundador da Nousi Finance, avalia que o ciclo de aumento dos juros continuará forte nos próximos meses, porém em ritmo mais lento.

“Isso quer dizer que o Fed continuará com aumento de juros, porém daqui para frente, ao invés de 0,75 pp, espera-se que seja alta de 0,50 pp tanto em setembro quanto em novembro, quando ainda seria o fim do aperto monetário”, diz.

Inflação e PIB calibram apostas

Os sinais vindos da inflação e da atividade econômica são fundamentais para calibrar os próximos passos do Fed.

“O mercado já olha atualmente para a inflação batendo o pico, enquanto o Fed ainda vê a economia forte no mercado laboral e muita pressão inflacionária”, explica Nousi.

A divulgação dos números do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA no segundo trimestre, amanhã, também é importante. A previsão é de que seja confirmado que a economia americana entrou em uma recessão técnica no primeiro semestre deste ano.

“O efeito de arrocho que as taxas mais altas já estão se revelando no mercado imobiliário dos EUA fará com que o Fed não leve os juros muito acima de 3% ao longo deste ano”, emenda Beck, da BRA.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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