Economia

Fed pode elevar juros em 0,75 pp se mercado de trabalho continuar aquecido

05 ago 2022, 10:59 - atualizado em 05 ago 2022, 10:59
Jerome Powell
A expectativa do mercado é de que o Federal Reserve eleve a taxa de juros americana em 0,75 ponto porcentual na próxima reunião, marcada para os dias 20 e 21 de setembro. (Imagem: Kevin Dietsch/Pool via REUTERS)

Nesta sexta-feira (5), foram divulgados relatório de emprego dos Estados Unidos, conhecido como payroll, e os dados foram decepcionantes para o mercado: foram criadas 528 mil vagas em julho, ante uma projeção de 250 mil postos de trabalho.

Além disso, a taxa de desemprego caiu mais um pouco para 3,5%, ante os 3,6% esperados e observados no mês anterior.

Isso surpreendeu o mercado, principalmente após dois trimestres consecutivos indicarem produto interno bruto (PIB) negativo e a manutenção de juros seguir em uma curva crescente para combater a inflação.

“É um número muito exagerado que mostra que o mercado está extremamente aquecido. Com isso, temos S&P caindo, dólar se fortalecendo no mundo todo, real perdendo valor, bolsa brasileira caindo”, aponta Fabio Fares, especialista em macroeconomia da Quantzed.

Agora, a expectativa do mercado é de que o Federal Reserve eleve a taxa de juros americana em 0,75 ponto porcentual na próxima reunião, marcada para os dias 20 e 21 de setembro.

Na semana passada, o banco central americano aumentou a taxa em 0,75 pp e sinalizou que as próximas altas poderiam ser mais brandas.

“A inesperada aceleração do crescimento da folha de pagamento, juntamente com a nova queda da taxa de desemprego e a retomada da pressão salarial, ridicularizam as alegações de que a economia está à beira da recessão. Isso aumenta as chances de outra alta de 0,75 pp em setembro”, afirma Michael Pearce, economista sênior dos EUA do Capital Economics.

As atenções, agora, se voltam para o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês). O indicador de inflação será divulgado na quarta-feira (10) e indica se a pressão inflacionária continua a ser um problema para a economia.

A inflação é a maior preocupação do Fed e um mercado de trabalho aquecido – especialmente com crescimento dos salários – gera um aumento no consumo e alimenta ainda mais a alta nos preços.

Para Carlos Vaz, CEO da Conti Capital, os dados mostram que os Estados Unidos estão longe de uma recessão. “Idealmente, algum afrouxamento no mercado de trabalho ajudaria a derrubar a inflação sem empurrar a economia para a recessão, algo ainda possível.”

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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