FGV: Atividade econômica cresceu 1,8% em novembro

Dados do Monitor do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na manhã desta quarta-feira (19) mostram que a atividade econômica do país apresentou uma alta de 1,8% em novembro do ano passado quando comparado com o mês anterior.

Já o trimestre móvel encerrado em novembro teve uma leve retração de 0,3%.

Na comparação interanual, a alta foi de 2,2% para o mês e de 1,3% no trimestre móvel.

Segundo Claudio Considera, coordenador do índice na instituição, os números mostram que a economia brasileira está conseguindo reverter a trajetória de queda mensal e estagnação pela qual passava desde abril.

Contudo, isso não indica, necessariamente, um forte desempenho ou mesmo que o resultado se repetirá em breve.

“O mês de novembro se identificou uma reversão das taxas mensais que vinham caindo progressivamente. Não significa, entretanto, que esse tamanho de taxa de repita no mês de dezembro. Ainda temos problemas que não permitirão que a economia tenha um desempenho forte que muitos podem prever. Foi um mês excepcional”, avalia.

“Dezembro não vai repetir isso, apesar de ser um período de várias festividades. Não podemos esquecer que novembro teve Black Friday e um certo relaxamento nas medidas sanitárias por conta da vacinação, ou seja, várias excepcionalidades. A economia não tem força para repetir tal crescimento no restante do ano”, continua.

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O índice veio acima do divulgado pelo Banco Central, o IBC-Br, a chamada “prévia do PIB”, que indicou uma alta de 0,69% para o mês.

O monitor ainda aponta que em termos monetários, estima-se que o PIB no acumulado do ano até novembro, em valores correntes, foi de 7 trilhões, 911 bilhões e 169 milhões de reais.

Consumo das famílias

O consumo das famílias segue crescendo a taxas decrescentes desde junho do ano passado, quando atingiu 10,5%.

Para novembro, a alta foi de 0,9%. O destaque é para o setor de serviços, que apresenta melhora por conta do avanço da vacinação.

Ainda assim, em comparação com o trimestre anterior, o indicador apresentou uma queda de 0,8%.

Importação e exportação

A importação apresentou crescimento de 11,8% para o trimestre móvel ante o mesmo período em 2020. O destaque é para os produtos de extrativa mineral.

Já a exportação apresentou sua primeira queda desde fevereiro, com uma retração de 0,1% para o trimestre móvel em relação ao mesmo período do ano passado.

Formação bruta de capital fixo

A chamada FBCF também segue crescendo a taxas decrescentes desde junho. A alta para o mês foi de 33,1%. No trimestre móvel encerrado em novembro, a alta foi de 3,9%.

O indicador ainda aponta que novembro é o primeiro mês, desde outubro de 2020, que o componente de máquinas e equipamentos apresentou retração.