Inflação

Fim da deflação: Veja o que esperar do IPCA de outubro

09 nov 2022, 15:20 - atualizado em 09 nov 2022, 15:20
Inflação Consumo
A projeção do mercado é de uma alta de 0,49% no IPCA. (Imagem: David Paul Morris/Bloomberg)

Amanhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga o Índice de Preços aos Consumidor Amplo (IPCA) de outubro. E a expectativa é de que esse seja o fim do ciclo de deflações seguidas do indicador.

A projeção do mercado é de uma alta de 0,49%, ante as quedas passadas de 0,68%, 0,36% e 0,2%. E essa posição não é uma surpresa, uma vez que a projeção da inflação para o período registrou alta de 0,16%.

“Esses três meses de deflação foram frutos de medidas do governo a respeito da redução da alíquota do ICMS. Agora, a gente volta para a programação normal, a menos que haja uma mudança significativa no mercado ou um novo programa do governo”, aponta Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed.

Grupos

Para Felipe Sichel, sócio e economista-chefe do Banco Modal, dos três grupos que contribuíram para a deflação no passado, apenas o de Comunicação deve se manter negativa, com queda de 0,20%.

Sem a força das medidas do governo e as reduções nos preços dos combustíveis por parte da Petrobras (PETR3; PETR4), o grupo de Transportes deve voltar a subir 0,26%. “Por outro lado, os combustíveis devem permanecer negativos mesmo que próximos de zero”, afirma.

Alimentação, que foi o terceiro grupo a registrar certo alívio inflacionário no passado, deve avançar 0,75% em outubro.

Além disso, um grupo que deve continuar mostrando força é o grupo de Serviços – que já vinha pressionando o indicador.

Banco Central

Apesar da possível alta, o Banco Central não deve mudar o seu plano de manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano.

Para Ricardo, a autoridade monetária tem sido bem dura em seu discurso contra a inflação e sobre o seu comprometimento com a alta nos preços. No entanto, não existe uma mensagem clara de voltar a subir os juros em qualquer alteração do IPCA.

“O Brasil se adiantou no processo de aperto monetário e existe uma defasagem entre causa e efeito. Então, eu acho que é muito mais provável que a gente continue com uma taxa Selic elevada por mais tempo do que a possibilidade de uma nova retomada na alta de juros”, afirma.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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