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Finanças Descentralizadas (DeFi) representam um risco? Departamento do Tesouro dos EUA avalia cenário

06 abr 2023, 14:58 - atualizado em 06 abr 2023, 14:58
DeFi criptomoedas estados unidos
Avaliação busca encontrar os riscos associados ao ambiente descentralizado no blockchain. (Imagem: Pexels | Montagem: Cláudia Helena Loureiro)

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos publicou nesta quinta-feira (6) uma avaliação de risco acerca de atividades ilícitas que permeiam entre as finanças descentralizadas (DeFi)

A avaliação, a primeiro do gênero no mundo, busca encontrar os riscos associados ao ambiente descentralizado no blockchain – ou seja, as negociações que ainda não são reguladas ocorrem através de redes de contratos inteligentes.

Segundo a secretaria, atores como a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), cibercriminosos, invasores de ransomware, ladrões e golpistas estão usando serviços DeFi para transferir e lavar lucros ilícitos.

“Eles são capazes de explorar vulnerabilidades, incluindo o fato de que muitos serviços DeFi que têm obrigações contra lavagem de dinheiro e combate ao financiamento do terrorismo (AML/CFT) falham em implementá-las”, diz documento.

DeFi é um risco?

O subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian E. Nelson, comenta que as avaliações de risco desempenham um papel fundamental na promoção da compreensão do ambiente de risco financeiro ilícito e na melhor proteção do sistema financeiro norte-americano.

Os serviços DeFi que não cumprem regras contra lavagem de dinheiro e financiamento de terrorismo representam o risco financeiro mais significativo nesse domínio, segundo comunicado.

“Nossa avaliação conclui que atores ilícitos, incluindo criminosos, golpistas e cibercriminosos norte-coreanos, estão usando serviços DeFi no processo de lavagem de fundos ilícitos. Capturar os benefícios potenciais associados aos serviços DeFi requer abordar esses riscos”, diz.

O setor privado deve usar as conclusões desta avaliação para informar suas próprias estratégias de mitigação de risco e tomar medidas claras, de acordo com os regulamentos AML/CFT e obrigações de sanções, para impedir que atores ilícitos abusem dos serviços DeFi”.

Conforme o comunicado à imprensa, os serviços DeFi envolvidos em atividades cobertas pela Lei de Sigilo Bancário têm obrigações AML/CFT, independentemente de os serviços afirmarem que estão atualmente ou planejam ser descentralizados.

Outras vulnerabilidades incluem o potencial de alguns serviços DeFi estarem fora do escopo das obrigações AML/CFT existentes, controles AML/CFT fracos ou inexistentes para serviços DeFi em outras jurisdições e controles de segurança cibernética deficientes por serviços DeFi, que permitem o roubo de fundos.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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