AgroTimes

FS Bioenergia confirma ‘armazém’ para estocar carbono a 2 km de profundidade

20 maio 2022, 13:56 - atualizado em 20 maio 2022, 14:02
Planta de Etanol
Plantas de etanol de milho se propagam pelo Centro-Oeste brasileiro (Imagem: Reuters/Rick Wilking)

A FS Bioenergia parece não querer economizar quando o assunto é diminuir a emissão de carbono de suas operações de etanol de milho. A caminho da terceira planta industrial, a unidade de Lucas do Rio Verde, modelo nacional nesse quesito, ainda vai ter um ‘armazém’ subterrâneo para sequestrar e estocar mais esse gás poluente.

Daniel Costa Lopes, vice-presidente do grupo, não informa o valor do investimento nesse processo que funcionará a 2 km de profundidade, cuja capacidade definida será de 400 mil toneladas de sequestro e estocagem de carbono. A “pegada de carbono” – termo que designa a redução das emissões -, da FS nessa planta será da ordem de 30gCO²/MJ.

Enquanto a pioneira destilaria de etanol do grupo e do Brasil se prepara para esse salto, até em 2024 – o que a carimbará novamente como a principal indústria em pegada de carbono, entre 220 usinas brasileiras, segundo consulta pública – a terceira planta da multinacional americana está na reta final.

Como as outras do Mato Grosso, a de Primavera do Leste vai para o mercado em 2023, ao custo de R$ 2,3 bilhões, acrescentando mais 585 milhões de litros de etanol por ano às contas da FS de 1,40 bilhão/l da última safra, de acordo com o executivo, responsável pelas áreas de Sustentabilidade e Novos Negócios.

Dentro do setor, é só subtrair esses números relatados pela empresa: o biocombustível de milho deve chegar a 4,2 bilhões/l na safra 22/33, em alta seguida, para contemplar em torno de 10 bilhões em 2030, fechando a perspectiva anunciada pelos players dentro da meta do RenovaBio para aquele ano.

“Cada vez que se usa um litro de etanol, há uma redução de 80% de emissão de carbono na comparação com a gasolina”, explica Costa Lopes, ratificando a importância dessa matriz energética brasileira.

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual — toda semana, com curadoria do Money Picks

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar