Mercados

Fundo dos Emirados Árabes aposta bilhões contra ações dos EUA

10 maio 2023, 14:47 - atualizado em 10 maio 2023, 14:47
Ações
Em outubro, a Bloomberg informou que o fundo, que ajuda a administrar uma das maiores fortunas familiares do mundo por meio de uma vasta rede de subsidiárias, planejava investir até US$ 10 bilhões em ações americanas (Imagem: Pixabay/kalhh )

Um fundo de investimentos controlado por um importante membro da realeza de Abu Dhabi construiu uma posição vendida no valor de bilhões de dólares em ações dos EUA, em uma aposta de que os crescentes temores de recessão pressionarão os mercados, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.

O Royal Group ficou mais negativo em relação a ações e transferiu mais de seus recursos para títulos do Tesouro americano de curto prazo, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas porque a estratégia é privado.

A empresa, presidida pelo Conselheiro de Segurança Nacional dos Emirados Árabes Unidos, Sheikh Tahnoon bin Zayed Al Nahyan, também está investindo mais em commodities e criptomoedas, disseram.

Em outubro, a Bloomberg informou que o fundo, que ajuda a administrar uma das maiores fortunas familiares do mundo por meio de uma vasta rede de subsidiárias, planejava investir até US$ 10 bilhões em ações americanas e europeias e outros ativos com preços baixos por conta dos temores de uma desaceleração global.

Mas a empresa realizou lucros em alguns de seus investimentos no mercado americano no final do ano passado e revisou sua lista de compra de ações, disseram as pessoas.

O grupo buscará aumentar sua exposição a EUA assim que os múltiplos de preço melhorarem e o Federal Reserve sinalizar que está se preparando para reduzir juros, disseram.

Não ficou imediatamente claro contra quais ações ou setores o Royal Group está apostando. Funcionários do fundo não responderam a pedidos de comentários.

A empresa do Sheikh Tahnoon até recentemente priorizou investimentos em todo o mundo em desenvolvimento. Com a falta de recursos em muitos mercados, o Royal Group está emergindo como um player influente nas finanças globais e se tornou um veículo-chave para a estratégia de diversificação do estado do Golfo, rico em petróleo.

O grupo espera tirar proveito do nervosismo do mercado após o colapso de quatro credores nos EUA e à medida que crescem as expectativas de uma desaceleração econômica mundial.

As ações americanas têm operado de lado desde o início de abril, com lucros corporativos melhores do que o temido que compensaram as preocupações com uma possível recessão e com a saúde dos bancos regionais. Mesmo assim, o S&P 500 sobe cerca de 7% no ano.

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