Mercados

Fundo Verde reabre para captação depois de quase dois anos; Stuhlberger segue vendido na bolsa e não vê melhora nos fundamentos

11 fev 2025, 13:42 - atualizado em 11 fev 2025, 13:46
Stuhlberger juros
Mesmo com a alta do Ibovespa em janeiro, que disparou 4,86%, o fundo mantém sua posição vendida em bolsa (Imagem Divulgação)

Em meio ao cenário complicado para os fundos multimercados, que amargaram resgates de R$ 22,5 bilhões só em janeiro, a Verde Asset decidiu reabrir o lendário fundo comandado pelo gestor Luis Stuhlberger para captação de novos recursos pela primeira vez após quase dois anos, apurou o Money Times.

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A reabertura acontece depois de um ano de arrumação na casa na gestora, que incluiu a demissão de alguns profissionais. Mesmo assim, o Verde conseguiu superar o CDI em 2024, com um retorno de 12,10%. Desde o início em 1997, o Verde acumula rentabilidade de 27.874,12%.

Parte dos ganhos ocorreu na reta final do ano passado, com posições vendidas na bolsa brasileira e na expectativa de deterioração da percepção de risco fiscal, que acabou se confirmando.

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No último mês, mesmo com a relativa melhora dos mercados, o Verde também conseguiu bater o benchmark, com ganhos de 1,64%, contra 1,01% do CDI.

De acordo com a última carta do gestor, divulgada nesta semana, o fundo teve ganhos em posições de inflação americana, em posições na curva de juros brasileira, e nos livros de trading.

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Ibovespa: Alta é voo da galinha?

Apesar da alta do Ibovespa em janeiro, que disparou 4,86%, o fundo manteve a posição vendida em bolsa.

Segundo a Verde, a valorização recuperação pura e simplesmente técnica: o mercado fechou o ano passado com posicionamento bastante pessimista no câmbio e nos juros, ao mesmo tempo que o Banco Central vendeu uma quantidade substancial de dólares.

“Sem notícias incrementalmente negativas, vimos até aqui uma descompressão deste posicionamento, que permitiu que os preços melhorassem.”

Para os próximos meses, a gestora espera que, conforme a agenda de aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda volte à tona, o mercado deva retomar o olhar para a frágil situação fiscal do país, e demande prêmios de risco maiores.

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No começo do mês, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que o governo vai trabalhar para aprovar este ano a reforma do IR e a isenção para os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês, com o intuito de que as medidas entrem em vigor no ano que vem.

Separação entre ruído e o sinal

Sobre o recém-empossado governo Trump, a Verde diz que os mercados buscam recalibrar suas estimativas sobre como os governos decidem, a quais estímulos reagem, e quais são os limites – reais ou imaginários – que seu raio de ação tem.

“No caso do novo governo americano, um dos grandes desafios – já experimentados no seu mandato anterior – é a separação entre o que é ruído e o que é sinal. Este é um processo iterativo que ainda deve levar alguns meses”, diz.

Por ora, Stuhlberger e sua equipe têm visto um governo com baixa tolerância a uma piora relevante dos mercados acionários.

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“E com uma alta velocidade de reversão de decisões, como no caso recente das tarifas impostas ao México e ao Canadá. Segue surpreendendo até aqui a baixa intensidade de medidas tarifárias contra a China. Por conta desta incerteza as posições de moedas do fundo foram zeradas”, afirma.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
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