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Fundos imobiliários: Americanas (AMER3) continua sendo ‘dor de cabeça’ para o MAXR11

02 maio 2023, 13:29 - atualizado em 02 maio 2023, 13:29
Lojas Americanas
Fundo imobiliário Max Retail é um dos mais expostos à crise da Americanas e está sem receber aluguéis (Imagem: Flávya Pereira/Money Times)

Na próxima semana, completa quatro meses que a Americanas (AMER3) informou ao mercado que passava por uma situação financeira delicada ao expor um rombo contábil na companhia.

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Dias depois, a gigante do varejo entrou em recuperação judicial e, desde então, criou-se uma fila de credores e um efeito cascata que respingou em fundos imobiliários. Entre eles, o Max Retail (MAXR11), um dos mais expostos à Americanas.

Mais de 60% da receita exposta à AMER3

Com isso, seis imóveis do portfólio do MAXR11 estão alugados para a varejista, em Brasília, Belém, Vitória, Maceió e em Nilópolis, no Rio de Janeiro. De acordo com o relatório gerencial, em março, o segmento lojas de departamentos, dominado pela AMER3, mantinha sua participação de 61,66% nas receitas do FII.

No entanto, na semana passada, o fundo imobiliário atualizou o cenário dessa exposição à Americanas, uma de suas principais inquilinas. No relatório, o MAXR11 afirma que está sem receber R$ 514,1 mil, referente ao aluguel de dezembro de 2022 e vencido desde janeiro.

Entretanto, o FII destaca que a dívida “está sendo tratada como crédito concursal. Ou seja, como um crédito existente no dia do protocolo do pedido de recuperação judicial e sujeito aos efeitos do processo”.

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Portanto, a distribuição de rendimentos do fundo divulgada em 7 de fevereiro, relativa a essa competência, foi impactada em R$ 0,44 por cota, ou 100% de inadimplência do aluguel.

Fundo imobiliário se agarra à justiça

Além disso, a Americanas também não fez o pagamento integral dos aluguéis de janeiro e fevereiro deste ano, vencidos entre fevereiro e março.

Sobre o aluguel de janeiro, o fundo explica que o seu administrador, o BTG Pactual, aguarda o parecer final da justiça em relação ao início da recuperação judicial da Americanas para saber o valor real da inadimplência. Como também saber as medidas cabíveis para receber o valor.

Porém, é preciso saber se o montante vencido em fevereiro será tratado como a competência anterior, como concursal. O MARX11 diz que, até o fim de março, a locatária estava inadimplente em 47,57% do aluguel de janeiro.

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Contudo, em relação a locação de fevereiro, o fundo diz que deixou de receber a diferença do valor do aluguel, no qual teve reajuste mensal em janeiro, passando para R$ 601,1 mil. O que representa uma diferença de R$ 86,9 mil, resultando em inadimplência mensal de 14,46%.

Segundo o Max Retail, esse montante já está sendo cobrada de forma extrajudicial. Sendo assim, o fundo imobiliário contratou um escritório de advocacia para representá-lo no processo de recuperação judicial da varejista.

Lembrando que, com a recuperação judicial em curso, o fundo está impossibilitado de pedir uma ordem de despejo da Americanas dos imóveis.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
flavya.pereira@moneytimes.com.br
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