Perspectivas 2023

Fundos imobiliários devem se recuperar em 2023; veja os melhores FIIs para ter na carteira

03 jan 2023, 17:00 - atualizado em 30 dez 2022, 17:31
fundos imobiliário FIIs 2023
Cenário fiscal deve seguir como o principal fator de risco no curto prazo para fundos imobiliários, diz BB Investimentos (Imagem: Unsplash/Luana Azevedo)

O mercado de fundos imobiliários (FIIs) deve ter uma performance positiva no ano de 2023, afirmam os analistas do Santander.

Os edifícios corporativos em áreas centrais de polos econômicos importantes do Brasil devem ter um nível de ocupação saudável. Para além dessas áreas já valorizadas, também observa-se vacância em queda.

Os fundos de papéis, compostos por títulos atrelados ao setor imobiliário (CRIs), devem manter a atual tendência positiva, dado o patamar ainda elevado das taxas de juros ao longo do ano, afirmam os analistas.

Para os fundos de tijolo, a perspectiva é de valorização, dada a expectativa de queda da Selic a partir de meados do ano.

O setor de Shoppings deve manter a tendência favorável, em linha com a recuperação do consumo. Para o segmento de Logística, a perspectiva também é positiva, dado o crescimento estrutural do e-commerce.

Mesmo com o cenário desafiador em 2022, o segmento observa um crescimento consistente da base de cotistas. Na mesma linha, o BB Investimentos afirma que a expectativa é de continuidade do movimento de recuperação no preço das cotas para 2023.

Fundos imobiliários para 2023

O BB Investimentos listou os seis melhores fundos imobiliários para ter na carteira em 2023. Confira

Pátria Logística

O Pátria Logística possui 96,2% dos seus ativos alocados em imóveis logísticos, totalizando 151,1 mil m² de área bruta locável no portfólio. Além disso, possui parte dos seus investimentos em outros FIIs, que investem preponderantemente em ativos logísticos.

Os analistas ressaltam que, ao longo dos últimos meses, o fundo vem distribuindo de forma recorrente R$ 0,58 por cota, o que representa um dividend yield anualizado de quase 9%. “Esse patamar de distribuição posiciona o PATL11 como um dos fundos logísticos com maior dividend yield do mercado, considerando distribuições recorrentes e nenhuma alavancagem”, avaliam.

Além disso, o fundo tem características que reforçam a previsibilidade da distribuição de dividendos e negocia a um patamar de desconto de 27% em relação ao valor patrimonial.

Mérito Desenvolvimento Imobiliário

Dentro do segmento residencial, considerando a diversificação regional, o BB entende que o Mérito Desenvolvimento Imobiliário é a melhor escolha.

Após mostrar “resiliência” durante a pandemia e com o movimento de alta de juros, os analistas enxergam um cenário mais favorável para o segmento de desenvolvimento residencial ao longo dos próximos meses.

Tal visão é amparada, principalmente, pela queda dos custos da construção civil, recuperação do mercado de trabalho, perspectiva de início do ciclo de cortes da Selic e pelos estímulos anunciados recentemente, como os ajustes nas faixas do programa Casa Verde Amarela.

Além disso, o MFII11 apurou um resultado de R$ 3,34 por cota no último trimestre.

Riza Terrax

O Riza Terrax é um dos poucos fundos imobiliários que atuam no segmento de terras agrícolas. Apesar de ser um fundo relativamente novo, “seu histórico vem provando a viabilidade desta tese”.

Dentro do mercado de FIIs, os analistas consideram o Riza Terrax uma das melhores alternativas para exposição nesse segmento.

Nos últimos 12 meses, o fundo acumula um retorno de quase 16% e um dividend yield de mais 15,3%, superior à média do segmento.

REC Recebíveis Imobiliários

Os analistas doo BB Investimentos recomendam REC Recebíveis Imobiliários para 2023, pois o fundo tem uma carteira de ativos “bastante diversificada”, com cerca de 95 operações de CRIs vigentes.

Além disso, cerca de 81,5% dessas operações estão indexadas à inflação, com uma maioria na taxa de IPCA + 7,81%. Outros 18% da carteira são indexados ao CDI, com uma taxa média de CDI + 4,6%.

Ainda que exista uma preocupação em relação à eventual queda dos rendimentos em função do arrefecimento da inflação no médio prazo, os analistas entendem que o fundo deve seguir pagando dividendos acima da média do mercado.

“Considerando essa perspectiva de recuperação dos dividendos e, dado seu patamar atual de desconto, entendemos que as cotas do RECR11 tendem a apresentar uma valorização ao longo dos próximos meses, abrindo, assim, uma boa oportunidade para ganho de capital”, afirmam.

JS Real Estate Multigestão

A escolha do JS Real Estate Multigestão está pautada no objetivo do fundo de distribuir renda aos cotistas através do recebimento de receitas como aluguéis, rendimentos e ganho de capital.

Outro ponto forte, segundo os analistas, é que a carteira de inquilinos do fundo é “bem diversificada, inclusive em relação aos segmentos de atuação”.

O BB Investimentos ainda destaca que, em novembro, o fundo apresentou um dos piores retorno do IFIX, o que elevou o desconto em relação ao valor patrimonial para 36%.

“Considerando a qualidade do seu portfólio, a taxa de vacância e o baixo nível de alavancagem, entendemos que o JSRE11 se apresenta como uma das melhores alternativas dentro do segmento de lajes corporativas”, ressalta.

Kinea Rendimentos Imobiliários

Em relação ao Kinea Rendimentos Imobiliários, o BB Investimentos avalia que, ao longo dos últimos meses, o fundo vem mantendo um elevado patamar de distribuição de dividendos, com um yield anualizado de cerca 13% até dezembro.

Os analistas ainda ressaltam que o KNCR11 vem se beneficiando do cenário de juros em patamares
elevados em função da carteira ser majoritariamente pós-fixada.

“Nossa recomendação para fundo está em linha com o cenário macroeconômico que vem se desenhando para os próximos meses, de inflação ainda pressionada e manutenção dos juros em patamares mais elevados”, afirmam os analistas.

Tal cenário tende a favorecer os fundos de papel com maior exposição ao CDI, como é o caso do KNCR11.

Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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