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Fusão Petz (PETZ3) e Cobasi: Duas gigantes do e-commerce podem ser ‘pedras no sapato’

03 jun 2025, 16:01 - atualizado em 03 jun 2025, 16:01
Petz
Fusão da Petz e Cobasi obteve aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Imagem: Arquivo Petz/Divulgação)

A Petz (PETZ3) e a Cobasi deram um passo relevante no processo de fusão ao obter, sem restrições, a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

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No entanto, o resultado da combinação das duas gigantes do setor pet pode se deparar com duas pedras no sapato quando se trata de competitividade: Amazon e Mercado Livre.

Na avaliação do BTG Pactual, a natureza altamente competitiva do mercado brasileiro, com as duas gigantes do e-commerce aumentando seus esforços na categoria, pode impedir uma precificação mais eficiente.

Em linha, a XP Investimentos aponta que a concorrência online, principalmente dos marketplaces, configuram um desafio para o negócio.

A preocupação atinge outros nomes relevantes do setor. Relatório técnico divulgado pelo Cade durante a análise apontou que a Petlove se posicionou contra o negócio, alegando que ele poderia enfraquecer a concorrência contra empresas menores e marketplaces, como Amazon e Mercado Livre.

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Fusão Petz e Cobasi: aprovação do Cade sem restrições

A aprovação do órgão antitruste se tornará definitiva em 15 dias, desde que não haja recursos ou objeções à decisão do Cade. Vale lembrar que esse passo era amplamente aguardado pelo mercado e havia preocupações sobre restrições e obstáculos referentes a concentração de mercado.

O Cade, no entanto, enfatizou que esses mercados são considerados de baixa barreira à entrada e caracterizados por um crescimento rápido e geograficamente fragmentado.

Ainda, segundo a autoridade, a análise competitiva indicou que o mercado físico de varejo continua competitivo, dado o número significativo de players e sua natureza altamente fragmentada.

Ou seja, ainda há muitas lojas voltadas para animais de pequeno e médio porte.

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A equipe de analistas do BTG coloca que, além da ampla gama de operadores especializados — incluindo megastores, redes varejistas franqueadas/não franqueadas e pet shops de bairro — os players do segmento de varejo de alimentos também exercem pressão competitiva sobre o portfólio de produtos das companhias.

“Recentemente, realizamos uma análise mapeando o raio de influência das lojas Cobasi e Petz, medindo sua sobreposição. Como esperado, descobrimos que ambas as redes estão fortemente concentradas no Sudeste, principalmente no estado de São Paulo, que abriga 48% e 59% das lojas Petz e Cobasi, respectivamente”, dizem os analistas.

Apesar de distribuição geográfica muito semelhante e da concentração significativa no estado de São Paulo e nas grandes cidades, apenas 13% das lojas da Petz estão a uma curta distância (menos de 250 metros) das lojas da outra rede, e 48% estão em um raio de 2 km.

“Apesar de alto, esse número está alinhado com o potencial de canibalização atual da Petz”, dizem os analistas.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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