Moedas

Ganho de moedas da América Latina na semana pode ter vida curta

04 set 2020, 14:58 - atualizado em 04 set 2020, 14:58
Real Moedas
O real registrou os maiores ganhos na esteira de resultados melhores do que o esperado da produção industrial e otimismo de que o governo vai manter rígido controle sobre os gastos (Imagem: Reuters/Sergio Moraes)

Embora as moedas do Brasil, México, Colômbia e Chile tenham superado seus pares de mercados emergentes nesta semana, estrategistas estão pessimistas quanto às perspectivas para a região de pior desempenho neste ano.

O real registrou os maiores ganhos na esteira de resultados melhores do que o esperado da produção industrial e otimismo de que o governo vai manter rígido controle sobre os gastos.

Ao mesmo tempo, a alta do cobre valorizou o peso chileno, enquanto a moeda da Colômbia também subiu quando sua dívida denominada em pesos foi incluída nos índices Bloomberg Barclays.

Ainda assim, “eu recomendaria cautela”, disse David Duong, chefe de estratégia de câmbio para América Latina do HSBC, em Nova York. “É muito cedo para pensar que haverá esse apetite renovado pela região LatAm ou por mercados emergentes como um todo.”

O Citigroup fechou uma aposta comprada em uma cesta de moedas latino-americanas contra o dólar na quinta-feira depois de apenas uma semana, em meio à preocupação de que uma reversão de líderes do mercado, como as bolsas dos EUA, também causaria perdas para moedas mais arriscadas.

Os estrategistas do Citi também esperavam uma reação mais positiva aos desenvolvimentos de vacinas quando iniciaram a posição em 28 de agosto.

O peso mexicano é exceção, já que “é um dos poucos lugares onde ainda há algum carry entre países emergentes”, escreveram os estrategistas do JPMorgan Chase em relatório na quinta-feira. A equipe do banco mantém posição overweight para a moeda.

Citi Bank Bancos
O Citigroup fechou uma aposta comprada em uma cesta de moedas latino-americanas contra o dólar na quinta-feira depois de apenas uma semana (Imagem: Reuters/Keith Bedford)

O banco ficou em segundo lugar com as previsões mais acertadas para a região no segundo trimestre, de acordo com ranking da Bloomberg.

As estimativas de consenso compiladas pela Bloomberg mostram o peso mexicano – e todas as outras moedas latino-americanas – com perdas nos últimos três meses do ano. A moeda do Peru deve se valorizar.

“Os mercados começam a levar em consideração mais desenvolvimentos específicos de cada país, e isso está guiando o câmbio de mercados emergentes mais do que fatores técnicos agora”, disse Brendan McKenna, economista do Wells Fargo, em Nova York.

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