CryptoTimes

Gemini retoma saques e fluxo de ativos saindo atinge maior pico desde Terra (LUNA); QR Asset comenta sobre

18 nov 2022, 19:47 - atualizado em 18 nov 2022, 19:47
Gemini corretora FTX
(Imagem: Facebook/Gemini)

A Genesis Global Trading, unidade de empréstimo do banco de investimento em criptomoedas, suspendeu resgates e novos empréstimos devido ao colapso da FTX nesta quarta-feira (16).

Logo após a notícia, a corretora Gemini anunciou que haveria atrasos na retirada de seu produto Earn, no qual a Genesis é um parceiro de empréstimo.

“Estamos cientes que a Genesis Global Capital, LLC (Genesis) – o parceiro de empréstimo do programa Earn – interrompeu as retiradas e não poderá atender aos resgates dos clientes dentro do contrato de nível de serviço (SLA) de 5 dias úteis”, diz o comunicado.

Pouco depois, a equipe anunciou que a corretora estava “100% online novamente”, e que seria seguro que os clientes sacassem seus fundos.

“Todos os fundos do cliente mantidos na bolsa Gemini são mantidos 1:1 e estão disponíveis para retirada a qualquer momento”, diz. E foi exatamente o que os clientes fizeram, ao menos na rede Ethereum.

Conforme o etherscan, na terça-feira (15) houveram 4.018 transações – e 960 endereços de saída únicos – vindas do principal endereço da corretora (0xd2…6853). Na quarta-feira (16) esse número foi de 12.708, e 3.611 endereços de saída únicos.

Gemini FTX
(Imagem: etherscan)

O número representa o maior pico de transações do cofre da corretora para o gateway de pagamentos dentro de um período de um ano, o último pico foi em maio de 2022, em meados do crash de Terra (LUNA), onde houveram mais de 8.67 transações

Gemini FTX
(Imagem etherscan)

O endereço relacionado ao gateway de pagamentos de criptoativos para moeda fiduciária, “0xd2…6853”, vem recebendo uma quantidade consideravelmente maior de tokens do endereço do contrato inteligente “Gemini 4” da corretora “0x5f…e932”. Estes contratos geralmente funcionam junto com formadores de mercados para ser uma rampa entre criptoativos e fiat.

Conforme o próprio Glossário da corretora, exposto no site oficial, explica

“Uma transação de depósito é o processo pelo qual um usuário deposita seus fundos na forma de criptomoeda (ou moeda fiduciária) de uma plataforma para outra. Os depósitos são geralmente conduzidos a partir de uma exchange de criptomoedas, carteira de criptomoedas, provedor de custódia ou de uma rampa de acesso fiat-to-crypto”.

A explicação mais plausível são os usuários movendo seus fundos, interagindo com um contrato inteligente da Gemini 4, para enviar o saldo para fora da corretora em alguma carteira de custódia pessoal, ou plataforma DeFi.

A Gemini faz a custódia das criptomoedas que compõem os ETFs da QR Asset Management, gestora de recursos da holding QR Capital. O QBTC11, considerado o primeiro ETF do Brasil com alocação integral em bitcoin, está sob custódia da Gemini, da mesma forma como os outros ETFs lançado pela QR Asset, como o QETH11 — ligado ao Ethereum — e QDFI11 — ligado a tokens DeFi.

Ao Crypto Times, a gestora explica que os ativos dos ETFs da QR Asset Management são mantidos pela Gemini Custody, serviço que opera de modo dissociado de outros produtos da Gemini.

“A separação do patrimônio, portanto, é regra. Os recursos são segregados da empresa principal por regulação e contrato, com wallets próprias e governança definida. Mesmo em eventual caso de falência da Gemini, há garantia regulatória e operacional da segregação dos recursos custodiados”, diz.

Conforme diz, apesar de casos de más práticas de alguns agentes, há um conjunto de empresas que se submetem às regulações vigentes do mercado financeiro tradicional para garantir a boa conduta na prestação de serviços financeiros no ecossistema cripto.

A QR Asset, protagonista deste grupo de empresas, reitera que apenas se relaciona com contrapartes reguladas que apresentam alto padrão de governança e auditabilidade.

“A volatilidade atinge todo o mercado. A QR Asset permanecerá vigilante, com adoção de postura defensiva nos mandatos da gestora, foco na preservação de capital dos investidores e avaliação contínua dos acontecimentos”, comunica.

A crise do ecossistema cripto, por outro lado, reforça a necessidade de uma regulação mais clara e específica do setor, que traga uma segurança jurídica definitiva a todos os atores, diz comunicado.

Siga o Crypto Times no Facebook!

Conecte-se com jornalistas e leitores do Crypto Times. Nosso time traz as discussões mais importantes do dia e você participa das conversas sobre as notícias e análises de tudo o que acontece no mundo cripto. Clique aqui e comece a seguir a página do Crypto Times no Facebook!

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
Twitter Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
Twitter Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.