Internacional

Gigante de biocombustíveis prevê maior tráfego de carros nos EUA

05 maio 2020, 11:27 - atualizado em 05 maio 2020, 11:27
A produção de etanol nos EUA caiu para uma mínima histórica, já que empresas como Valero Energy, Andersons e Archer-Daniels-Midland paralisaram ou reduziram a produção (Imagem: Pixabay)

Há luz no fim do túnel para o abalado mercado de etanol nos Estados Unidos, de acordo com a produtora Green Plains.

Por enquanto, as medidas de quarentena para controlar a pandemia de coronavírus reduzem o tráfego de carros nas ruas e, como consequência, a demanda por biocombustíveis.

Mas, com a reabertura das economias e adaptação à vida pós-pandemia, as pessoas provavelmente evitarão o transporte público e dirigirão mais, de acordo com Todd Becker, diretor-presidente da empresa com sede em Omaha.

Essa mudança deve ajudar o setor em crise, que já enfrentava margens negativas mesmo antes da chegada do vírus. Além disso, a guerra de preços do petróleo entre Rússia e Arábia Saudita, que derrubou os preços, levou à paralisação ou redução da produção de usinas em todos os EUA.

“Acreditamos que o futuro possa ser um pouco diferente, pois empresas e indivíduos buscarão maneiras de evitar o transporte público e viagens aéreas e dirigir mais”, o que poderia ser um fator favorável, disse Becker em teleconferência com analistas na segunda-feira.

“Os biocombustíveis continuarão sendo uma parte importante e estratégica do fornecimento de combustíveis.”

A produção de etanol nos EUA caiu para uma mínima histórica, já que empresas como Valero Energy, Andersons e Archer-Daniels-Midland paralisaram ou reduziram a produção.

A recuperação da produção pode ser mais lenta desta vez, pois muitos produtores dispensaram funcionários, disse Becker. Isso significa que levaria cerca de seis semanas para reiniciar as operações, em vez do período de uma semana visto no passado.

Nos últimos anos, o setor de etanol dos EUA tem sido afetado pelo excesso de oferta, guerra comercial com a China e isenções concedidas a pequenas refinarias de petróleo, isentando-as dos requisitos de mistura de etanol à gasolina.

Embora o presidente dos EUA, Donald Trump, tenha permitido uma taxa de mistura de 15% de etanol, a Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês) ainda precisa tomar medidas para facilitar a adoção.

“Continuamos aguardando que a China volte a participar do mercado de etanol”, disse Becker. “Trabalharemos para que esta administração da EPA promova a implantação contínua do E15, pois precisamos de uma melhor rotulagem e de uma decisão final da EPA para permitir bombas E15 a E10.”

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