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Gleisi, a superministra sem pasta em caso de vitória ou meia vitória sobre os impostos dos combustíveis

27 fev 2023, 9:37 - atualizado em 27 fev 2023, 10:31
Lula e Fernando Hadad
Haddad perdendo espaço para Gleisi Hoffmann está no centro do debate sobre os impostos dos combustíveis (Imagem: Facebook/ Fernando Hadad)

Uma derrota completa do ministro Fernando Haddad, ou uma meia derrota, quanto à prorrogação da desoneração dos combustíveis, joga definitivamente na cena política Gleisi Hoffmann como uma superministra sem pasta.

A derrota completa seria a manutenção da isenção, como até já tuitou a presidente do PT. Meia derrota de Haddad seria um arremedo, a volta dos impostos a taxas menores.

Até uma vitória do ministro da Fazenda, a favor da taxação, é vista como positiva para ela, que forçou o debate sobre o tema até o último minuto.

Gleisi está sedo comparada a uma espécie de José Dirceu, ministro da Casa Civil do primeiro mandato de Lula, só que este tinha mandato.

A avaliação, em off, foi feita por dois importantes agentes econômicos da bioenergia, que esperam a reunião do presidente com Haddad, mais o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, marcada para logo mais às 10 horas.

Amanhã vence o prazo de isenção do PIS/Cofins e Cide sobre os combustíveis, dado por Jair Bolsonaro em julho, estendido por Lula no dia da posse, em 1º de janeiro, e o núcleo duro político do governo já acenou publicamente que quer ver no mínimo mais dois meses de extensão.

O temor de inflação, em momento delicado para o governo alçar voo, sem perder popularidade, parece estar vencendo os argumentos da equipe econômica de que a renúncia de arrecadação é mais perigosa para a agenda social do que o custo inflacionário.

Na gasolina, a estimativa é de alta de R$ 0,69 no litro; para o etanol, de mais R$ 0,24.

Portanto, o biocombustível ganharia mais competividade.

 

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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