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Gol eleva perdas em 2021 e reduz projeções para este ano

15 mar 2022, 8:57 - atualizado em 15 mar 2022, 9:27
Gol
Ao mesmo tempo, a Gol elevou a perspectiva de alavancagem (nível de endividamento para aumentar o retorno) de 7 para 8 vezes em 2022 (Imagem: REUTERS/Diego Vara)

Ao divulgar nesta segunda, 14, que elevou seu prejuízo em 2021 para R$ 7,2 bilhões, após perdas de R$ 5,9 bilhões em 2020, a companhia aérea GOL (GOLL4) revisou para baixo suas projeções para este ano. A previsão de receita líquida caiu de R$ 14 bilhões para R$ 13,7 bilhões, enquanto a perspectiva de margem Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recuou de 25% para 24%.

Ao mesmo tempo, a Gol elevou a perspectiva de alavancagem (nível de endividamento para aumentar o retorno) de 7 para 8 vezes em 2022.

Essa piora nas expectativas está relacionada aos efeitos que o conflito no Leste Europeu deve trazer ao setor aéreo por conta da alta dos combustíveis. A empresa passou a estimar um consumo de 1,2 bilhão de litros de combustível em 2022, ante projeção anterior de 1,295 bilhão de litros. Enquanto isso, a projeção de preço passou de R$ 3,80 por litro para R$ 4,30 por litro.

Querosene

Em teleconferência, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, disse que a companhia está acompanhando a escalada das cotações do petróleo no mundo e que normalmente os aumentos da commodity levam entre 45 e 60 dias para chegar aos preços do querosene de aviação (QAV) vendido para as aéreas. “O jogo agora envolve administrar a capacidade, considerando preços do petróleo”, disse o executivo.

Essa medida deve ser comum em todo o setor. A Latam já admitiu a possibilidade não só de reduzir rotas como também de elevar os preços das passagens.

Mesmo com essas dificuldades, a Gol manteve as estimativas de taxa de ocupação média (82%) e de carga e outras receitas (R$ 800 milhões) para este ano. Entre dados operacionais, a frota total média deve ficar entre 130 e 140, ante o piso anterior de 135.

“A empresa sempre foi mais conservadora na questão da oferta, por isso temos sido menos suscetíveis a variações. O conservadorismo vem da percepção de volatilidade no mercado, o mundo ainda está vivendo os últimos minutos de pandemia”, disse Kakinoff.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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