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Goldman e Morgan Stanley veem sinais de recuperação global

04 maio 2020, 11:45 - atualizado em 04 maio 2020, 11:45
Goldman Sachs
O Goldman Sachs projeta que economias avançadas registrem retração média de 32% no trimestre atual, crescimento de 16% nos próximos três meses e expansão de 13% no último trimestre do ano (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

Economistas do Goldman Sachs e Morgan Stanley dizem que há sinais de que a economia mundial começa a se recuperar do impacto do coronavírus e das restrições impostas a empresas e consumidores.

“A atividade econômica provavelmente já atingiu o piso”, disse Jan Hatzius, economista-chefe do Goldman Sachs, em relatório a clientes na segunda-feira.

“As medidas de confinamento e o distanciamento social começam a diminuir com muitos países reabrindo cautelosamente as economias.”

O Goldman Sachs projeta que economias avançadas registrem retração média de 32% no trimestre atual, crescimento de 16% nos próximos três meses e expansão de 13% no último trimestre do ano.

No Morgan Stanley, o economista-chefe Chetan Ahya disse em relatório no domingo que “vários indicadores de alta frequência que rastreamos sugerem que a economia global está em processo de atingir o piso”.

As expectativas de consumidores melhoraram, as tendências de mobilidade aumentaram em relação às mínimas e os gastos das famílias caem mais lentamente do que nas primeiras semanas do surto, disse.

JPMorgan
No Morgan Stanley, o economista-chefe Chetan Ahya disse em relatório no domingo que “vários indicadores de alta frequência que rastreamos sugerem que a economia global está em processo de atingir o piso” (Imagem: Reuters/Mike Segar)

“Nossa leitura é de que a economia da China atingiu o piso em fevereiro, e acreditamos que a zona do euro deve ter atingido em abril, e os EUA fizeram o mesmo no fim de abril”, disse Ahya.

Em outro relatório também divulgado na segunda-feira, o economista do HSBC James Pomeroy alertou contra apostas em “forte virada da economia global”.

Ele citou números da China, que indicam que os gastos dos consumidores podem demorar a se recuperar, pois as pessoas continuam receosas em comprar ou voltar ao trabalho.

Os governos diminuem cada vez mais as restrições para o combate ao vírus, mas outra ameaça destacada é a possibilidade de segunda onda do surto, o que pode abalar ainda mais a atividade.

“O maior risco negativo para as perspectivas econômicas globais é que as taxas de infecção voltem a acelerar acentuadamente à medida que a economia reabre”, disse Hatzius.

“Afinal, nossa análise recente confirma que grande parte da melhora médica resultou de confinamentos e distanciamento social”.

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