Internacional

Governo da França diz que está pronto para intervir para levantar bloqueio às refinarias

11 out 2022, 8:18 - atualizado em 11 out 2022, 8:18
Bruno Le Maire
“Isso tem durado muito tempo”, disse o ministro das Finanças, Bruno Le Maire (Imagem: REUTERS/Sarah Meyssonnier)

O governo francês disse nesta terça-feira que está pronto para intervir para encerrar uma greve de semanas nas refinarias de petróleo que deixou um terço dos postos de combustível do país em baixa e exacerbou a escassez global de derivados.

As paralisações e manutenções não planejadas nas refinarias na França administradas pelas grandes petroleiras TotalEnergies e ExxonMobil forçaram mais de 60% da capacidade nacional de refino a ficar indisponível e bloquearam a distribuição a partir de depósitos de combustíveis.

“Isso tem durado muito tempo”, disse o ministro das Finanças, Bruno Le Maire, à rádio franceinfo, horas depois de a primeira-ministra Elisabeth Borne realizar uma reunião de crise com ministros na segunda-feira.

Le Maire disse que o governo está pronto para mergulhar mais uma vez nas reservas estratégicas de combustível e ordenar que os grevistas voltem ao trabalho.

“Se o impasse persistir, não teremos outra opção a não ser requisitar os meios necessários para colocar as refinarias novamente em funcionamento e os depósitos de combustível abertos”, acrescentou. “Estamos falando de horas, dias no máximo.”

A greve na refinaria causou longas filas nos postos de gasolina franceses e impactou os mercados europeus em um momento de escassez global de derivados como o diesel.

A empresa francesa da Exxon Mobil, Esso France, disse que chegou a um acordo salarial com os sindicatos na segunda-feira. Mesmo assim, levaria tempo para que os suprimentos fossem liberados, disse o ministro dos Transportes, Clement Beaune.

Mas o sindicato linha-dura CGT disse que não assinou o acordo e que seus trabalhadores continuam em greve.

A TotalEnergies se ofereceu na segunda-feira para antecipar as negociações salariais de 2023, mas apenas com a condição de que as greves terminem. A CGT denunciou a oferta como “chantagem”.

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