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GPA (PCAR3) vende postos por R$ 200 milhões e dona do Ipiranga compra maior fatia; ações sobem

27 jun 2024, 10:53 - atualizado em 27 jun 2024, 10:53
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O movimento da GPA é parte da última etapa do plano de vendas de ativos não essenciais, iniciado em 2023. (Imagem: Renan Dantas/Money Times)

O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) anunciou a venda de seus 71 postos pelo montante de R$ 200 milhões. Os 49 postos localizados no estado de São Paulo foram adquiridos pelo Grupo Ultra, dono do Ipiranga.

De acordo com o GPA, os demais postos, localizados em oito outros estados, foram vendidos para diferentes compradores. Vale lembrar que a operação depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O movimento é parte da última etapa do plano de vendas de ativos não essenciais, iniciado em 2023 com o intuito de reduzir o endividamento da varejista de alimentos.

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Conforme a empresa, do montante total, R$ 138 milhões serão pagos até o final de 2024, mediante a conclusão de condições como a aprovação do Cade. As parcelas remanescentes serão pagas mediante a conclusão de outras condições precedentes que objetivam a transferência definitiva dos postos para os compradores de cada
região.

Em outro comunicado ao mercado, a Ultrapar afirmou que pagou R$ 130 milhões de pelos postos, em contrato assinado pela subsidiária Centro de Conveniências Millennium.

“A transação, sujeita à aprovação do Cade e ao cumprimento das demais condições precedentes, visa à manutenção destes postos na rede de cerca de 6 mil postos de serviços Ipiranga distribuídos pelo Brasil”, afirmou.

GPA dá mais um passo na reestruturação da companhia

O GPA aponta que a venda dos postos marca a última etapa do plano de vendas de ativos não core iniciado em 2023, na busca da companhia pela redução da alavancagem financeira com a diminuição da dívida líquida e, consequente, reforço da estrutura de capital.

Vale lembrar que no primeiro trimestre, a dívida líquida da varejista, incluindo o saldo de recebíveis não antecipados, somou R$ 1,606 bilhão, frente R$ 3,013 bilhões de um ano antes. A alavancagem financeira medida pela dívida líquida dividida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado do GPA Brasil pré-IFRS 16, que inclui as despesas de aluguéis, passou de 9,8 para 3,0 vezes.

A XP Investimentos vê o anúncio como positivo, tendo em vista que a casa era cética sobre a venda dos ativos. No entanto, os analistas ponderam que a transação não é suficiente para endereçar totalmente a situação de alavancagem da companhia.

As ações do GPA sobem no pregão desta quinta-feira (27), com avanço de 2,30%, a R$ 2,67, por volta das 10h40.



*Com Reuters

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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