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Gripe aviária: Brasil nunca teve um risco tão alto para doença, diz analista da Rabobank

21 mar 2023, 17:31 - atualizado em 21 mar 2023, 17:31
Para o especialista, o embargo de carne bovina à China não tem resultado em impactos significativos nos preços da carne de frango, e atenção segue voltada para o avanço da gripe aviária na América do Sul (Imagem: Pixabay)

Em conversa com o Agro Times, Wagner Yanaguizawa, analista econômico de proteína animal no Rabobank disse que o Brasil nunca teve um risco tão alto para gripe aviária. O especialista falou ainda que, neste momento, o embargo de carne bovina à China não tem resultado em impactos significativos nos preços da carne de frango.

“O grande ponto de atenção para a carne de frango é a questão da gripe aviária. São casos inéditos na América do Sul que começaram no fim de outubro de 2022, já temos 9 países afetados, Chile, Bolívia e Argentina já registraram casos em granjas comerciais e suspenderam as exportações, e o Brasil nunca esteve com um risco tão alto da entrada desse vírus em território nacional”, alerta.

Ainda assim, o Rabobank não trabalha com a entrada do vírus na indústria.

“A nossa produção, que está concentrada no Sul do Brasil, tem intensificado os protocolos de sanidade animal nos últimos meses. Mesmo que entre alguma ave selvagem no país, isso não deve impactar a produção internacional, mas caso aconteça, haverá um grande impacto no preço de todas as proteínas”, completa.

Exportações

Nesta segunda (20) a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou os dados com os embarques para a carne de aves na terceira semana de março.

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 548,36 milhões nos primeiros 13 dias úteis de março, com média diária de US$ 42,18 milhões.

A quantidade total exportada pelo país chegou a 291,347 mil toneladas, com média diária de 22,411 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.882,20.

Em relação a março de 2022, houve alta de 32,4% no valor médio diário, ganho de 28,2% na quantidade média diária e avanço de 3,3% no preço médio.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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