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Hackers extraviam quase R$ 20 bilhões em criptomoedas e batem recorde em 2022, aponta Chainalysis

01 fev 2023, 18:28 - atualizado em 01 fev 2023, 18:28
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Protocolos DeFi estão na mira dos hackers, respondendo pela esmagadora maioria (82,1%) de todas as criptomoedas roubadas (Imagem: Pixabay/ JavadR)

Uma pesquisa realizada pela Chainalysis indica que 2022 foi o maior ano de todos os tempos para os hackers de criptomoedas. Os criminosos extraviaram R$ 19,2 bilhões de reais, ou US$ 3,8 bilhões, de empresas que operam ativos digitais.

O montante representa um crescimento de 15% ante os US$ 3,3 bilhões de 2021. Ao longo do último ano, outubro se destacou como o melhor mês para os hackers, com US$ 775 milhões roubados em 32 ataques diferentes.

O destaque ficou para os hacks da BNB Chain e do Mango Markets. Em março, foi observado outro aumento na receita dos hackers, que extraviaram US$ 733 milhões, impulsionados em grande parte pelo hack da Axie.

Contidos no relatório Crypto Crime de 2023 da Chainalysis, os dados revelam também uma mudança no alvo dos ataques.

Exchanges x DeFi

Até 2020, os hackers visavam principalmente as exchanges centralizadas. Agora, entretanto, as principais vítimas operam em protocolos de Finanças Descentralizadas (ou DeFi), que correspondem por cerca de 82,1%, ou US$ 3,1 bilhões, de todas as criptomoedas roubadas em 2022 – um crescimento de 73,3% ante o acumulado de 2021.

Explicando essa tendência, Kim Grauer, diretora de pesquisa da Chainalysis, afirmou: “DeFi é uma das áreas mais atraentes e com crescimento mais rápido do ecossistema de criptomoedas, em grande parte devido à transparência. Mas essa mesma transparência também é o que torna o DeFi tão vulnerável – os hackers podem escanear o código DeFi em busca de vulnerabilidades e atacar no momento perfeito para potencializar o roubo”.

“Os protocolos DeFi ainda são vitais para o futuro do ecossistema cripto, e sua transparência traz muitos benefícios importantes. Mas, para crescer, prosperar e eventualmente adentrar ao mainstream, esses protocolos devem priorizar a segurança”, acrescentou Grauer.

Quem lidera os roubos?

Por meio da investigação das atividades on-chain, a Chainalysis também foi capaz de determinar que grupos ligados à Coreia do Norte foram de longe os hackers mais prolíficos dos últimos anos.

Em 2022, esses grupos norte-coreanos quebraram seus próprios recordes, roubando cerca de US$ 1,7 bilhão em criptomoedas em vários ataques diferentes. O número ofusca o valor gerado por todas as exportações do país asiático, que em 2020 totalizaram apenas US$ 142 milhões em mercadorias.

A Coreia do Norte também é a maior responsável pelo aumento dos hacks em protocolos DeFi. No total, US$ 1,1 bilhão em criptomoedas foram roubadas por hackers ligados ao país no último ano, o que corresponde a aproximadamente ⅓ do volume global dos ataques hackers a protocolos DeFi.

Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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