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Hapvida (HAPV3) merece o benefício da dúvida? Ação dispara e lidera as maiores altas mesmo após prejuízo no 1T23

16 maio 2023, 11:48 - atualizado em 16 maio 2023, 12:15
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Hapvida lidera as altas do Ibovespa (Imagem: Facebook/Hapvida)

A Hapvida (HAPV3) abriu o pregão do Ibovespa (IBOV) desta terça-feira (16) disparando mais de 10%. Por volta de 11h40, as ações lideravam as maiores altas e avançavam 9,84%.



O movimento já era esperado pelo BTG Pactual, que avaliou o balanço do primeiro trimestre de 2023 (1T23) divulgado na véspera, como uma “surpresa positiva”.

No 1T23, Hapvida apresentou prejuízo líquido de R$ 341,6 milhões. O número implica em um avanço de 25,4%, comparado com o mesmo período do ano anterior, quando as perdas foram de R$ 272,5 milhões.

Além disso, essa marca também veio pior do que o esperado, com o consenso da Bloomberg apontando para um prejuízo de R$ 217 milhões nos três primeiros meses de 2023.

No entanto, para a XP Investimentos, os resultados vieram neutros. Já para a Genial Investimentos, o balanço apresentou melhora ante 2022.

Enquanto isso, para a Ativa Investimentos, os resultados vieram fracos. Ainda assim, superando as expectativas.

Hapvida: Sinais positivos

Apesar do prejuízo no trimestre, para o BTG, o balanço provavelmente marca um ponto de inflexão na lucratividade e geração de FCF (fluxo de caixa acionista).

“Os resultados do primeiro trimestre foram melhores do que se temia, especialmente à luz de todo o barulho que surgiu das iniciativas de captação de recursos da empresa implementada este ano”.

Tanto a Genial, quanto a XP, destacaram que sinistralidade foi um ponto positivo. A sinistralidade caixa no trimestre foi de 72,3%, apresentando uma queda de 2,6 pontos percentuais na base anual e 6 p.p. ante o último trimestre.

“Mesmo com uma aceleração nominal dos custos assistenciais, o índice de sinistro cai na comparação trimestral e anual, demonstrando sinais positivos”, dizem Guilherme Viana e Luis Assis, da Genial.

Contudo, a corretora se manteve cautelosa, pois ainda acredita que o processo de redução do indicador será difícil e vagaroso, com as perspectivas de adições líquidas negativas prejudicando a expansão da receita líquida em 2023.

Para a XP, a redução de sinistro foi impulsiona pelo aumento de preços, maior verticalização e controle da sinistralidade em São Paulo e no Sul.

Nesse sentido, Viana e Assis também evidenciaram que são sinais positivos a continuação do repasse dos ajustes de preço, além das despesas e custos. Conforme a Genial, esses sinais iniciais são um colírio para os “olhos cansados”.

Luz no fim do túnel?

Incorporando mais afundo o resultado, a Genial pontua que enxerga uma “lanterna no fim do túnel” para a Hapvida. A corretora destaca que a receita líquida acelerou 12,8% no ano, a R$ 6,7 bilhões, mesmo com adições líquidas negativas no trimestre.

A XP destaca indicações positivas de melhorias operacionais, sobretudo na sinistralidade, “dado que a redução pode apontar para resultados positivos ao longo do restante do ano”.

Já a Ativa não se mostrou tão otimista com o indicador e pontuou que os desafios para este ano são grandes. “Uma sinistralidade caixa de 72,3% no trimestre em que sazonalmente os custos já são mais reduzidos demonstra que muito ainda tem a ser feito”.

Na outra ponta, a corretora diz que, após o recente aumento de capital para a empresa atravessar o ano sem maiores problemas e conseguir surpreender mesmo que marginalmente na sinistralidade, já traz um fôlego grande para a Hapvida.

Apesar de mais otimista, a recomendação da Genial é de “manter“, enquanto a Ativa tem indicação “neutra“, com preço-alvo de R$ 3,15 e R$ 6,20, respectivamente. A XP é a única corretora com indicação de “comprar“, ao preço-alvo de R$ 3.

Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
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