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Helbor está de volta no caminho certo, mas analistas não estão convencidos com ação

17 mar 2021, 11:07 - atualizado em 17 mar 2021, 11:24
Helbor Supreme Pinheiros
Os números financeiros da Helbor melhoraram no quarto trimestre de 2020, mas a performance operacional pesou no balanço (Imagem: Divulgação/Helbor)

Os resultados da Helbor (HBOR3) não chegaram a impressionar os analistas, mas mostraram alguns sinais positivos que indicam que a companhia, com a ajuda de seus últimos projetos, está no caminho certo para entregar uma sólida rentabilidade no futuro. Segundo a Ágora Investimentos, isso deve acontecer assim que os ajustes de balanço forem concluídos.

A construtora encerrou o quarto trimestre do ano passado com lucro líquido de R$ 26,2 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 26,9 milhões apresentados no mesmo período de 2019.

A receita líquida, por outro lado, caiu de R$ 449,8 milhões para R$ 212,6 milhões em um ano, enquanto o Ebitda, que corresponde ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, saiu do montante negativo de R$ 22,5 milhões para um saldo positivo de R$ 31 milhões.

Segundo o Safra, a Helbor realmente apresentou uma melhora nos números financeiros. No entanto, a performance operacional pesou no balanço.

“As vendas líquidas recorrentes da Helbor caíram 39% ano a ano, para R$ 379 milhões, seguindo a redução vista no inventário disponível para venda e a menor velocidade de vendas, atribuídas aos efeitos da pandemia sobre a demanda”, destacou o analista Luiz Peçanha, em relatório divulgado nesta quarta-feira.

Apesar da expansão expressiva do VGV (Valor Geral de Vendas) lançado no comparativo trimestral (R$ 259,1 milhões versus R$ 137,1 milhões), o volume de lançamentos ainda caiu 22% em comparação ao quarto trimestre de 2019.

Abaixo dos pares

Tanto a Ágora quanto o Safra seguiram com recomendação neutra para a Helbor.

Mesmo reconhecendo que o banco de terrenos da empresa e o seu portfólio de projetos são atrativos, a Ágora acredita que a lucratividade consolidada da Helbor permanecerá abaixo de seus pares. Por isso, a corretora está dando preferência a outros nomes do setor, como a Trisul (TRIS3), que possui uma melhor relação risco-retorno (múltiplo P/L [preço sobre lucro] de 9,8 vezes).

“No entanto, se os resultados melhores do que o esperado do quarto trimestre de 2020 da Helbor se mostrarem recorrentes, acreditamos que a ação pode se tornar uma alternativa para investidores dispostos a adicionar um pouco mais de risco (58,3% dívida liquida/Ebitda no quarto trimestre) em troca de um potencial de alta adicional (negociação do papel a 0,9 vez P/VPA [preço sobre valor patrimonial da ação] para o ano de 2021)”, afirmaram os analistas Bruno Mendonça e José Cataldo.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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