Política

‘Hoje Lula é favorito, mas não podemos encarar como profecia’, diz chefe da Eurásia sobre 2026

10 nov 2025, 16:05 - atualizado em 10 nov 2025, 16:05
Lula 7 de setembro
Chefe da Eurasia no Brasil diz que Lula lidera hoje, mas ressalta que o cenário de 2026 segue difícil de prever (Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters)

O cenário eleitoral de 2026 ainda está longe de ser definido, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá partir em vantagem rumo à reeleição. A avaliação foi feita por Silvio Cascione, diretor de pesquisa e chefe da Eurasia Group no Brasil durante o Fórum Debates 2025, evento realizado em São Paulo.

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“Hoje, o favorito é o Lula, mas a gente não pode encarar isso como profecia. Essa conclusão pode mudar bastante, pois essa eleição está muito difícil de prever”, afirmou, comparando a tentativa de adivinhar o resultado à meteorologia.

“Falar de eleições no Brasil é como tentar dizer se vai chover ou fazer sol no dia 6 de outubro de 2026. Não tem como saber, mas dá para identificar tendências e se preparar para diferentes cenários”, disse.

A razão para o favoritismo

De acordo com Cascione, o principal motivo para o favoritismo de Lula é a sua taxa de aprovação popular, que voltou a subir.

“Essa sensação de aprovar ou não mostra se o eleitorado está confortável ou se quer mudanças, e, neste momento, o governo tem uma popularidade boa”, ressaltou.

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“Não dá para brigar com os números, que mostram uma média de aprovação binária de 49%, melhor do que na maioria dos países da América Latina”, continuou, afirmando que esse patamar é consistente com uma reeleição.

“A maioria dos presidentes que se aproximam de um ciclo eleitoral com uma taxa de aprovação de 49% ganha a reeleição”, explicou.

Temas em destaque

Durante o painel, Cascione apontou que a segurança pública deve ganhar força nas campanhas de 2026, embora a economia continue como um dos assuntos determinantes do voto.

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“Quando a gente fala de pauta econômica, o que tem mais efeito na popularidade, e que a gente consegue medir, é a inflação. Normalmente, tudo tem a ver com o poder de compra.”

O executivo destacou que, nesse contexto, o poder de compra está ligado a salários, queda dos preços e emprego, e que, sob esse prisma, o Brasil vive um momento positivo.

“A gente tem ganhos de renda acumulados nos dois dígitos e taxa de desemprego no menor nível já verificado. Tem vários fatores que, olhando isoladamente, fariam concluir que a popularidade do governo deveria ser muito mais alta do que quase 50%”, avaliou.

Por que, então, não é maior?

Na visão de Cascione, o motivo é a rejeição arraigada ao Partido dos Trabalhadores (PT) e ao próprio Lula.

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“Você tem um presidente que enfrenta uma rejeição muito elevada. É o que a gente comenta sempre, o tal do teto baixo, que limita o potencial de crescimento”.

Para o diretor da Eurasia, a disputa de 2026 poderá ser decidida pelo eleitor “que não é nem petista nem antipetista”.

“Quem vai decidir no dia é quem não gosta de política, não confia nem no Lula nem no Bolsonaro, mas que, no fim, determina a eleição”, concluiu.

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Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.
igor.grecco@moneytimes.com.br
Jornalista formado e com MBA em Planejamento Financeiro e Análise de Investimentos. Passou pelas redações da TV Band, UOL, Suno Notícias e Agência Mural, e foi líder de conteúdo no 'Economista Sincero'. Hoje, atua como repórter no Money Times.

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