Mercados

Ibovespa tem alta com Banco do Brasil (BBAS3), Vale (VALE3) e Wall Street; dólar cai a R$ 5,50

04 ago 2025, 17:15 - atualizado em 04 ago 2025, 17:23
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O Ibovespa avançou com apoio de Banco do Brasil, Vale e recuperação de Wall Street; dólar cai com expectativas de corte nos juros dos EUA (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) acompanhou a retomada de apetite por risco dos Estados Unidos, com expectativas de corte nos juros na maior economia do mundo. As negociações tarifárias entre a Casa Branca e o Palácio do Planalto continuaram a movimentar o pregão, além dos balanços corporativos.

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Nesta segunda-feira (4), o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com alta de 0,40%, aos 132.971,20 pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5063, com baixa de 0,71%

No cenário doméstico, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que deverá conversar com o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, ainda nesta semana.

“Eu creio que essa semana nós vamos poder conversar, a Fazenda anseia por esse encontro há algumas semanas. O anúncio da semana passada trouxe bastante tranquilidade para uma série de setores, mas há outros setores que estão aflitos com a manutenção de uma tarifa exorbitante de 50%”, disse Haddad.

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Na semana passada, Trump disse estar disposto a conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Os investidores também repercutiram novos dados do mercado de trabalho.

Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Brasil criou 166.621 vagas formais de trabalho em junho, abaixo do esperado pelos economistas e uma desaceleração frente ao mesmo período do ano anterior.

Já o Boletim Focus mostrou a redução das projeções para inflação pela 10ª semana consecutiva. Os economistas consultados pelo Banco Central (BC) cortaram a estimativa do  Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,09% para 5,07% em 2025 e de 4,44% para 4,43% em 2026.

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Altas e quedas no Ibovespa

A recuperação das ações do Banco do Brasil (BBAS3) trouxeram fôlego ao Ibovespa. Depois de cair quase 7% na última sexta-feira (1º), os papéis do banco figuraram como os mais negociados na B3 e fecharam com alta de mais de 2%.

Ainda entre os pesos-pesados, Vale (VALE3) acompanhou o desempenho do minério de ferro e fechou em tom positivo. O contrato futuro mais líquido da commodity, para setembro, subiu 0,76%, a 790,50 yuans (US$ 109,61) a tonelada na Bolsa de Dalian, na China.

Petrobras (PETR3; PETR4) recuou na esteira do petróleo. Os contratos mais líquidos do Brent, referência internacional de preços, recuaram 1,30%%, a US$ 68,76 o barril na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres. A commodity foi pressionada pelo aumento da produção pela Organização dos Países Exportadores do Petróleo e Aliados (Opep+).

A ponta positiva do Ibovespa, porém, foi liderada por RD Saúde (RADL3). As ações da dona das redes de farmácias Raia e Drogasil foi impulsionada pela expectativa para os resultados do segundo trimestre de 2025 (2T25) e para a comercialização dos medicamentos genéricos do Ozempic a partir do segundo semestre de 2026. 

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BRF (BRFS3) figurou como a ação com pior desempenho da sessão. A queda veio com a notícia de que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decidiu reclassificar para rito ordinário a análise da fusão entre BRF e Marfrig (MRFG3), após identificar potenciais riscos à concorrência no mercado de carne bovina in natura.

A decisão veio após recurso da Minerva (BEEF3), que entrou no processo como parte interessada.

Exterior 

Os índices de Wall Street fecharam em forte alta com expectativas de início do afrouxamento monetário pelo Federal Reserve (Fed) após o payroll vir mais fraco do que o esperado na última sexta-feira (1º).

Perto do fechamento, o mercado apostava em 92,1% de chance de o Fed cortar os juros em 25 pontos-base na próxima reunião, em setembro. Na sexta-feira, a probabilidade era de 80,3%, segundo a ferramenta de monitoramento FedWatch, do CME Group. Hoje, os juros dos EUA estão na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.

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Com o avanço, o S&P 500 interrompeu a sequência de quatro sessões consecutivas de perdas.

Confira o fechamento dos índices de Wall Street:

  • Dow Jones: +1,34%, aos 44.173,64 pontos;
  • S&P 500: +1,47%, aos 6.329,94 pontos; 
  • Nasdaq: +1,95%, aos 21.053,58 pontos.

Na Ásia, os índices encerraram sem direção única com as tarifas de Trump ainda no radar. Entre os principais, o Nikkei, do Japão, caiu 1,25%, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, teve avanço de 0,92%.

Na Europa, os mercados fecharam a sessão em forte alta em recuperação das perdas da semana anterior e na expectativas de balanços corporativos. O Stoxx 600 fechou com alta 0,90%, aos 540,60 pontos,

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.