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Ibovespa a 120 mil pontos: Estes analistas dizem o que fazer com ação da dona da Bolsa

11 nov 2023, 15:16 - atualizado em 11 nov 2023, 15:16
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Ibovespa a 120 mil pontos: B3 é recomendação para três de quatro instituições (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

O Ibovespa (IBOV) engatou uma valorização na primeira semana cheia de novembro, retomando desta vez ao patamar de 120 mil pontos.

Em análise gráfica de curto prazo, a Ágora Investimentos destaca que, com a quebra definitiva dos 119,2 mil pontos, o Ibovespa libera caminho para os 123 mil pontos, desarmando a “bandeira de baixa” desenhada no seu gráfico diário.

Ao longo da semana, o índice local foi beneficiado por um noticiário exterior mais positivo, ao mesmo tempo que analistas do mercado digeriram dados recentes de inflação no Brasil, com níveis mais positivos que o esperado.

Na semana, a B3 (B3SA3), ação da dona da Bolsa de Valores do Brasil, teve os números da temporada divulgados e bem recebidos pelos investidores.

Só no último pregão, os papéis da companhia dispararam quase 5%, sinal de que, mesmo com a queda no volume médio de negociações diárias, a empresa conseguiu entregar dados resistentes, com receita praticamente estável na comparação sequencial, afirma Genial Investimentos.

Para os próximos resultados, o BB Investimentos pondera um avanço gradual nos números da B3, especialmente nos volumes negociados do segmento listado, o core business da companhia.

Não só o BB quanto a Genial acreditam que a B3 será beneficiada pelo ciclo de corte de juros no país. A trajetória de flexibilização monetária tende a reaquecer o mercado de capitais, diz a primeira instituição.

A Empiricus Research classifica o resultado da B3 como “morno”, conforme o esperado, justamente pelo baixo volume negociado em ações no terceiro trimestre. No entanto, a casa de análise também chama atenção para a resiliência da companhia via outras fontes de receita.

De acordo com a Empiricus, os ventos contrários vieram do exterior e a política mais contracionista. Por outro lado, sinais iniciais apontam para um alívio no início do mês.

“Olhando para o cenário local, acreditamos que não houve mudança fundamental no Brasil que impeça o início de um ciclo mais positivo para os ativos de risco — principal pilar da tese de B3”, afirma.

O que faz B3SA3 valer a pena para analistas

Segundo a Empiricus, diante da expectativa de um início de ciclo mais positivo para ativos de risco e um valuation atrativo, a B3 vale a classificação de compra.

Inclusive, o papel está presente em diversas carteiras recomendas da instituição.

Seguindo a mesma dinâmica, a Genial tem recomendação de comprar, com preço-alvo de R$ 16. Para a corretora, o ciclo de queda de juros esperado e uma melhora operacional esperada para a B3 em 2024 sustentam a tese.

“Além disso, acreditamos que a B3 negocia a um valuation atrativo a 14,8 vezes P/L (preço sobre lucro) para 2024 (com benefício fiscal) e 14,2 vezes P/L para 2024 (sem benefício fiscal), abaixo de pares internacionais, que negociam em média a 20,6 vezes P/L para 2024″, avalia.

O BB, também considerando o avanço do ciclo de corte de juros, tem recomendação de compra para as ações, mas com preço-alvo de R$ 15,60 ao fim do próximo ano.

Mais cautelosa, a Ativa Investimentos está neutra com o nome e apresenta preço-alvo de R$ 14. Segundo a corretora, a queda do giro de mercado para as ações à vista chama atenção e demonstra maior dependência do volume brasileiro aos investidores estrangeiros.

“De fato novo, entendemos como marginalmente negativo a evolução mais expressiva das suas despesas do core business“, acrescenta.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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