Mercados

Ibovespa ensaia pausa na turbulência com mais medidas de estímulos econômicos

17 mar 2020, 10:31 - atualizado em 17 mar 2020, 10:34
Mercados Ibovespa B3
Na véspera, o Ibovespa fechou em queda de quase 14% (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

A bolsa paulista começava a terça-feira buscando uma trégua no viés de baixa das últimas semanas, com o Ibovespa em alta, amparada em correções técnicas e mais medidas de estímulo, mas a volatilidade tende a persistir diante de incertezas ainda sobre o real como efeito da pandemia do novo coronavírus nas economias.

Às 10:31, o Ibovespa (IBOV) subia 3,09%, a 73.276,43 pontos.

Na véspera, o Ibovespa fechou em queda de quase 14%, renovando mínimas desde 2018, em nova sessão com circuit breaker, em meio à aflição de que a desaceleração nas economias em razão do coronavírus será maior do que tem sido projetado.

“Os governos estão intensificando sua resposta ao surto de coronavírus, o que está permitindo aos mercados a chance de se recuperar nesta terça-feira”, avaliou o analista Jasper Lawler, chefe de pesquisa do London Capital Group, em nota a clientes.

O banco central do Japão fez nesta terça-feira sua maior injeção de fundos em dólar desde 2008, enquanto os oito maiores bancos norte-americanos disseram na noite da véspera que irão acessar conjuntamente fundos da chamada “janela de desconto” do Federal Reserve.

França, Itália e Espanha proibiram vendas a descoberto. Nas Filipinas, a bolsa de valores fechou por período indeterminado e as negociações de moedas e títulos foram suspensas. O BC da Turquia antecipou e cortou sua principal taxa de juros em 1 ponto percentual.

Ásia Coronavírus Mercados Máscaras
Filipinas é primeir país no mundo a fechar bolsas por conta da pandemia de coronavírus (Imagem: Reuters/Aly Song)

No exterior, os pregões europeus ainda mostravam perdas, com o FTSE 100, em Londres, em queda de 1,4%, mas Wall Street mostrava uma tentativa de melhora, com o futuro do S&P 500 em alta de 1,3%. Na Ásia, o Nikkei fechou com variação positiva de 0,06%.

A cena brasileira também está no radar dos investidores, após uma série de medidas anunciadas pelo governo, com o Comitê de Política Monetária (Copom) dando início nesta terça-feira a uma reunião de dois dias, diante da possibilidade de um corte na taxa Selic, atualmente em 4,25% ao ano.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.