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Ibovespa sobe pela 3ª sessão; Petrobras em alta após fala de Bolsonaro

06 dez 2021, 10:26 - atualizado em 06 dez 2021, 12:49
Ibovespa
Às 12:16, o Ibovespa subia 2,19%, a 107.366 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa subia nesta segunda-feira, rumo à terceira alta consecutiva com a manutenção de clima positivo local, após o índice ter testado o patamar dos 100 mil pontos na semana passada. Papéis da Petrobras centram as atenções, na sequência de fala do presidente Jair Bolsonaro sobre combustíveis.

O mercado segue atento à decisão de taxa de juros no Brasil nesta semana, e para a reunião de política monetária nos EUA na semana que vem, além de atualizações sobre a variante Ômicron.

Às 12:16, o Ibovespa subia 2,19%, a 107.366 pontos. O volume financeiro da sessão era de 7,4 bilhões de reais.

O otimismo seguia após a aprovação da PEC dos Precatórios no Senado na última quinta-feira, ainda que sem definição sobre a promulgação de partes aprovadas pelas duas Casas do Congresso.

Trechos do texto foram modificados no Senado e terão, separados ou com a PEC na íntegra, de voltar à Câmara dos Deputados.

O mercado aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), com expectativa de economistas em pesquisa Reuters de nova lata na Selic -atualmente em 7,75% ao ano- em 1,50 ponto percentual.

Na semana seguinte, os membros do Federal Reserve, nos EUA, se reúnem, em meio à perspectiva de uma aceleração do ritmo da retirada de compras de títulos pelo banco-central norte americano.

Lucas Monteiro, trader de multimercados da Quantitas, diz que começa a se criar para o Ibovespa “um ambiente onde, talvez, a gente esteja começando a enxergar uma virada de movimento, onde aquela tendência de queda que vinha desde julho e agosto, esteja começando a mudar”.

Segundo Monteiro, a pressão sobre o Ibovespa tem refletido receios especialmente sobre a questão fiscal, mas “talvez tenha ido um pouco além do que os fundamentos mostravam.”

Na semana passada, o índice renovou a mínima intradiária do ano e por pouco não rompeu a casa dos 100 mil pontos em 30 de novembro.

Ajudam também notícias de que a variante Ômicron do coronavírus tem mostrado sintomas de menor gravidade, segundo relatos na África do Sul, onde ela foi encontrada inicialmente.

Em Nova York, o  S&P 500 (SPX) e o Dow Jones (DJI) abriram em alta, mas o Nasdaq (US100), de empresas de tecnologia, cedia.

Destaques

Petrobras (PETR3PETR4) subia 1% e ON avançava 0,9%, após o presidente Jair Bolsonaro afirmar, em entrevista ao Poder360, que a empresa deve nesta semana a anunciar redução no preço de combustíveis.

A estatal disse que não antecipa decisões de reajustes. O petróleo sobe com a leitura de que Ômicron pode impactar menos a economia se os sintomas da variante se provarem não tão graves.

CCR (CCRO3) subiu até quase 8%, para o maior patamar intradiário desde julho, após coluna do Lauro Jardim, no Globo, dizer que gestora canadense de fundos de pensão CDPQ tem interesse na fatia da companhia detida pela Andrade Gutierrez.

BRF (BRFS3) disparava 5,7%, enquanto JBS (JBS3) subia 1% e Marfrig (MRFG3) avançava 1,8%. As três ações caíram na sexta, após relatório do Bradesco BBI rebaixando a recomendação para os dois papéis.

Méliuz (CASH3) afundava 8%, após subir mais de 30% na sexta-feira na esteira de divulgação de dados da Black Friday.

No setor de tecnologia Locaweb (LWSA3) subia 0,2% e Totvs (TOTS3) cedia 0,6%. Banco Inter Unit (BIDI3) avançava 2,8%.

Embraer (EMBR3) subia 4%, depois de anunciar dois acordos com empresas da Austrália que somam 60 encomendas de aeronaves elétricas de pouso e decolagem verticais (eVtol) feitas para a subsidiária Eve Urban.

Braskem (BRKM6) avançavando 7% e Rede D’Or (RDOR3) caindo 1,7% também estavam em destaque.