Ibovespa

Ibovespa sobe mais de 2% com exterior positivo; Gol e Azul decolam em torno de 10%

05 jun 2020, 12:33 - atualizado em 05 jun 2020, 13:00
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Pregão já abre decolando (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

A bolsa paulista começava a sexta-feira com viés positivo, que permanece amparado pela farta liquidez global, além de expectativas otimistas sobre a retomada das economias pós-coronavírus e esperanças de avanços em vacinas e medicamentos.

Às 12:33 (horário de Brasília), o Ibovespa (IBOV) subia 2,71%, a 96.381,78 pontos.

Na véspera, o Ibovespa à vista terminou com acréscimo de 0,89%, a 93.828,61 pontos, alta pelo quinto pregão consecutivo.

No exterior, os futuros em Wall Street também mostravam ganhos, assim como as bolsas na Europa. O petróleo era mais um componente benigno, tendo no radar reunião da Opep+ no sábado para discutir mais cortes de produção.

“Otimismo internacional com política monetária de estímulo à atividade econômica deve contagiar a bolsa local na abertura”, destacou mais cedo a equipe da CM Capital Markets em relatório a clientes.

Wall Street também mostrava ganhos, em movimento respaldado pela queda inesperada na taxa de desemprego do país em maio. Isso fortaleceu expectativas de uma recuperação econômica mais rápida após a pandemia.

Mercados Wall Street Nyse
Wall Street também mostrava ganhos (Imagem: Reuters/Brendan McDermid)

“O Brasil tem sido um dos grandes beneficiários da melhora do apetite por risco global”, destacou a equipe do BTG Pactual em nota enviada pela área de gestão de recursos do banco.

O analista Matheus Soares, da Rico Investimentos, chama a atenção para a farta liquidez global, lembrando que muito dinheiro foi injetado nas economias globais com o objetivo de minimizar os impactos econômicos causados pela epidemia, conforme nota a clientes.

“Com dinheiro em abundância em um cenário de juros baixos no mundo todo, digamos que o dinheiro parado ‘queima’ na mão.”

No Brasil, gestores também têm citado que a perspectiva de uma taxa Selic ao redor de 2% corrobora a migração dos recursos para ativos com chance de maior retorno, como as ações.

Destaques

Gol (GOLL4) disparava 9,21% após acordo com pilotos e comissários para flexibilizar jornada e salários até 2021, em medida que pode se tornar uma referência para outras empresas do setor aéreo.

Gol GOLL4
Ações da Gol decolam quase 10% (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Dados operacionais melhores em maio ante abril no mercado doméstico e nova queda do dólar em relação ao real endossavam a alta. Azul (AZUL4) saltava 11%. Ainda no setor de viagens, CVC ON valorizava-se 8,69%.

Yduqs (YDUQ3) avançava 8,91%, após acertar a compra da Athenas, grupo educacional com unidades em Rondônia, Acre e Mato Grosso, em transação que pode movimentar até 300 milhões de reais.

“A aquisição amplia a atuação da Yduqs em regiões ainda pouco exploradas, ampliando os ganhos de sinergias”, avaliou a equipe da Guide Investimentos. No setor de educação, Cogna (COGN3) tinha acréscimo de 5,34%.

Petrobras (PETR3; PETR4)  valorizavam-se 3,36% e 3,56%, respectivamente, na esteira de forte alta do petróleo no exterior antes de uma reunião da Opep e seus aliados liderados pela Rússia no sábado para discutir a extensão dos cortes recordes na produção.

A petrolífera também iniciou o processo de venda de suas participações em cinco sociedades de geração de energia elétrica.

– ITAÚ UNIBANCO PN tinha elevação de 4,8% e BRADESCO PN subia 4,52%, respaldados pelo clima positivo no mercado como um todo, corroborando a alta do Ibovespa. Banco do Brasil (BBAS3) avançava 4,29% e SANTANDER BRASIL UNIT valorizava-se 5,49%.

VALE3 Vale
Vale se beneficia da alta do minério de ferro (Imagem: Reuters/Denis Balibouse)

Vale (VALE3) mostrava variação positiva de apenas 0,54%, uma vez que os contratos futuros de minério de ferro negociados na China caíram nesta sexta-feira, embora tenham registrado o quinto ganho semanal consecutivo, diante de perspectivas de demanda forte para o ingrediente siderúrgico no país, além de preocupações com a oferta do importante exportador Brasil.

Suzano (SUZB3) recuava 3,94%, com exportadoras entre os destaques negativos diante da queda de cerca de 3% do dólar ante o real, com a moeda sendo negociada abaixo de 5 reais. Klabin (KLBN11) cedia 1,32%.

No setor de proteínas, Marfrig (MRFG3) caía 2,43%, Minerva (BEEF3) perdia 1,42%, BRF (BRFS3)  tinha queda de 0,51% e JBS (JBSS3) mostrava decréscimo de 0,61%.

Restoque (LLIS3), que não está no Ibovespa, despencava 7,95%. A empresa anunciou acordo de recuperação extrajudicial envolvendo todo seu endividamento financeiro. De acordo com fonte ouvida pela Reuters, as dívidas envolvidas no acerto chegam a 1,5 bilhão de reais. No pior momento, a ação caiu 20%.

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