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Ibovespa ainda sofrerá com China? Veja o que esperar da economia asiática até o final de 2022

19 jun 2022, 19:30 - atualizado em 19 jun 2022, 19:24
China intensificará o suporte ao investimento privado, que responde por mais de metade do investimento total. (Imagem: REUTERS/Aly Song)

A China tem sido neste ano um dos fatores de incerteza que pesa sobre o Ibovespa. Mas analistas de mercado apontam que até o final de 2022 a maior influência sobre o principal índice da Bolsa brasileira virá do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos.

Isso porque, enquanto a autoridade monetária ainda está longe do ciclo de alta da taxa básica de juros, a economia chinesa pode ter cada vez menos restrições. São os lockdowns, com a política de covid-zero do país, que têm abalado a atividade chinesa.

A China tem na política uma forma de preservar a população e impedir que as cadeias produtivas fiquem afetadas por muito tempo. O país procura, com os primeiros sinais de covid em uma província, parar a atividade do local.

“O problema é que fica parado um pouco aqui, um pouco ali, um pouco lá”, destaca o chefe da área de investimentos do Daycoval, Mauro Rached. “Quase todas as províncias da China já passaram por processo de lockdown, de restrição da mobilidade”, diz.

O economista espera que o país siga com cada vez menos restrições por conta do avanço da vacinação em todo o mundo. “A economia já sofreu dano neste ano. Não foi produzida muita coisa que já deveria ter sido produzida para gerar crescimento perto de 5%”, afirma.

“O que você está vendo é uma rodada de revisões de crescimento. Já estamos falando em 3,5% neste ano, o que é muito baixo para padrões da China”, destaca Rached.

China mostra recuperação

A economia da China mostrou sinais de recuperação em maio depois de perdas no mês anterior, já que a produção industrial avançou de forma inesperada, mas o consumo ainda foi fraco e destacou os desafios para as autoridades.

Segundo a mídia estatal nesta quarta-feira (15), o gabinete do país disse que o governo vai agir de maneira decisiva para intensificar o suporte à economia e adotar mais medidas, mas evitará a emissão excessiva de dinheiro.

A China intensificará o suporte ao investimento privado, que responde por mais de metade do investimento total, selecionando uma série de projetos de infraestrutura para atrair investidores privados, disse o gabinete.

Instituições financeiras devem dar suporte a investimento privado com empréstimos, enquanto o governo fornecerá garantias de financiamento para projetos qualificados que envolvam investidores privados, acrescentou.

*Com informações da Reuters 

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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