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Ibovespa avança com noticiário corporativo intenso apesar de exterior desfavorável

26 out 2020, 11:46 - atualizado em 26 out 2020, 11:46
Ibovespa
Às 11:21, o Ibovespa subia 0,49%, a 101.753,69 pontos. O volume financeiro era de 5 bilhões de reais (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa buscava se sustentar no azul nesta segunda-feira, após titubear na abertura, em sessão marcada por uma bateria de notícias corporativas, enquanto os mercados no exterior começavam a semana refletindo preocupações com o aumento de casos de Covid-19 na Europa e Estados Unidos.

Às 11:21, o Ibovespa subia 0,49%, a 101.753,69 pontos. O volume financeiro era de 5 bilhões de reais.

Em Wall Street, os pregões trabalhavam no vermelho, com receios sobre o crescimento dos casos de coronavírus e o impasse em Washington sobre o próximo pacote de auxílio fiscal, com agentes financeiros também monitorando a aproximação da eleição presidencial em 3 de novembro. O norte-americano S&P 500 recuava 0,86%.

“Está se tornando difícil para os investidores manter a cabeça fria. O número de novos casos Covid-19 continua a aumentar rapidamente e um número crescente de países europeus está se movendo em direção a outro lockdown nacional”, afirmou o analista Milan Cutkovic, da Axi.

Destaques

Cielo (CIEL3) valorizava-se 5,33%, tendo no radar o resultado do terceiro trimestre previsto para terça-feira, após o fechamento do mercado.

Analistas do Goldman Sachs, contudo, esperam um outro conjunto de resultados fracos no período, apesar da melhora trimestral a partir de uma base baixa. Eles estimam lucro líquido de 117 milhões de reais.

Eletrobras (ELET3,ELET6)avançavam 4,19% e 4,62%, respectivamente, encontrando suporte em nota do colunista Lauro Jardim, de O Globo, citando que o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem dito a interlocutores que a privatização da elétrica de controle estatal já está acertada com o Senado.

IRB (IRBR3) subia 3,07%, após anunciar parceria com a B3 para o desenvolvimento de uma plataforma para conectar corretores, seguradoras e resseguradoras em uma única rede, e permitir que as operações, envolvendo contratos de seguros e resseguros, sejam realizadas via internet. B3 (B3SA3) avançava 1,5%.

Ambev (ABEV3) subia 2,45%, ajudada por relatório da XP Investimentos reiniciando a cobertura da ação com recomendação de compra e preço-alvo para o final de 2021 de 17,15 reais. “O pior já passou, o futuro segue desafiador, mas a empresa ainda é a melhor do setor”, argumentou, citando que o mercado está excessivamente pessimista com o futuro da fabricante de bebidas.

Petrobras (PETR3;PETR4) recuavam 0,92% e 0,73%, respectivamente, acompanhando o declínio dos preços do petróleo no exterior, enquanto agentes financeiros aguardam o resultado da petrolífera previsto para esta semana.

Vale (VALE3) caía 0,61%, conforme os futuros do minério de ferro atingiram mínima de 4 semanas, com estoques portuários da China atingindo seu nível mais alto desde fevereiro. A Vale também divulga balanço nesta semana.

Santander (SANB11) avançava 2,44%, melhor performance entre os bancos do Ibovespa, na véspera da divulgação do balanço do terceiro trimestre na terça-feira, antes da abertura do mercado. No setor,  Bradesco (BBDC4) subia 1,37% e Itaú Unibanco (ITUB4) tinha elevação de 1,34%. Banco do Brasil (BBAS3) valorizava-se 0,39%.

BTG Pactual (BPAC11)  mostrava acréscimo de 0,21%, após anunciar a compra da corretora Necton Investimentos, que tem 16 bilhões de reais em ativos sob custódia, por 348 milhões de reais. O banco disse que a sua intenção é manter a marca e a operação independentes.

Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4)  recuavam 2,95% e 3,25%, respectivamente, em meio a temores de potenciais reflexos do aumento de casos de Covid-19. A Azul pediu registro para a oferta de 1,6 bilhão de reais em debêntures conversíveis em ações preferenciais para capital de giro, expansão da atividade de logística e outras oportunidades estratégicas.

Hypera (HYPE3)  valorizava-se 1,91%, após reportar na última sexta-feira aumento no lucro do terceiro trimestre para 345,6 milhões de reais, uma vez que o forte controle de despesas empregado pela fabricante de fármacos compensou os efeitos da vendas menores em algumas categorias devido aos efeitos da pandemia da Covid-19.

Klabin (KLBN11) subia 0,59%, após o resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançar 1,2 bilhão de reais, que excluídos efeitos não recorrentes presentes no resultado do terceiro trimestre de 2019, representa aumento de 59% ano a ano.

Track & Field (TFCO4) mostrava acréscimo de 0,43%, a 9,29 reais, em sua estreia na B3 após preficicar IPO na última quinta-feira, a 9,25 reais por ação, abaixo da faixa estimada pelos coordenadores da oferta, de 10,65 a 14,95 cada. A operação da rede de lojas de artigos esportivos e moda praia movimentou 523 milhões de reais.

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