Mercados

Ibovespa recua, mas tem maior alta mensal desde janeiro de 2019

30 abr 2020, 17:19 - atualizado em 30 abr 2020, 17:59

 

O volume financeiro do dia somou 27,7 bilhões de reais, abaixo da média diária recente, antes do feriado que paralisa os negócios na sexta-feira (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O principal índice da bolsa paulista caiu nesta quinta-feira, mas o forte rali das últimas três sessões, em meio à melhora das expectativas mundiais para o pós-coronavírus, o levou a fechar abril com o melhor desempenho mensal em 15 meses.

O Ibovespa (IBOV) caiu 3,2% na sessão, para 80.505,89 pontos. Ainda assim, acumulou alta 10,25% no mês, marcando o maior avanço mensal desde janeiro de 2019, quando teve ganho de 10,8%. Na semana, o avanço foi de 10,8%.

O volume financeiro do dia somou 27,7 bilhões de reais, abaixo da média diária recente, antes do feriado que paralisa os negócios na sexta-feira.

Na sessão o Ibovespa foi pressionado por Wall Street, com agentes reagindo a dados de auxílio-desemprego dos EUA e à ausência de grandes medidas de política monetária do Banco Central Europeu. O índice S&P 500 caiu 0,92%.

Enquanto seguiram monitorando a evolução diária do Covid-19 no mundo, analistas também deram atenção a números trimestrais corporativos e de atividade econômica, assim como aos pacotes de governos, par tentar medir a dimensão e duração do estrago sobre os ativos financeiros consequentes das medidas de isolamento para tentar o avanço da pandemia.

Em meio a dados assustadores de retração econômica e a previsões sombrias de empresas, os agentes encontraram algum alívio em um punhado de balanços trimestrais acima do esperado, novas ofensivas de flexibilização monetária ao redor do mundo e na esperança de tratamentos eficazes para o coronavírus.

“Tendo passado por medidas que alteraram profundamente a forma de fazer negócios, as economias estão, cautelosamente, voltando à normalidade enquanto as pesquisas para encontrar uma cura avançam”, afirmaram analistas da Levante Investimentos.

Nesta sessão, os agentes encontraram bons motivos para vender ações em embolsar parte dos lucros dos últimos três dias.

Os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA somaram 3,84 milhões na semana encerrada em 25 de abril. No Brasil, a taxa de desemprego terminou o primeiro trimestre em 12,2%, com 12,85 milhões de desempregados, movimento sazonal, mas que já deu os primeiros sinais da pandemia.

Em outra frente, investidores também reagiram ao possível adiamento do alívio nas medidas de isolamento para combater o vírus.

Bradesco BBDC4
Bradesco desabou 7,22%. O banco provisionou 2,7 bilhões de reais para perdas esperadas com inadimplência e pode reservar mais nos próximos meses (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

A pandemia deve chegar ao seu pico no Brasil em 10 de maio e há chance de se agravar depois com a queda no isolamento social em parte do país.

Destaques

Bradesco (BBDC4) desabou 7,22%. O banco provisionou 2,7 bilhões de reais para perdas esperadas com inadimplência e pode reservar mais nos próximos meses, avaliando a crise como mais severa que as anteriores. Itaú Unibanco (ITUB4) recuou 3,76% e Santander (SANB11) caiu 4,6%.

Multiplan (MULT3) caiu 6,6%. A empresa está vendo demanda reprimida na reabertura de shoppings do país e avalia que o desemprego causado pelas medidas de isolamento social vai pesar na capacidade de consumo da população.

Suzano (SUZB3) ganhou 1,8%, em sessão era positiva para o setor de papel e celulose, com Klabin (KLBN11) avançando 1,5%.

Petrobras (PETR4) recuou 0,8%, enquanto Petrobras (PETR3) perdeu 1,84%, após subir mais de 14% na semana. A empresa aprovou um novo modelo de gestão para a assistência médica aos funcionários, que deve economizar pelo menos 6,2 bilhões de reais em dez anos (a valor presente).

Smiles (SMLS3) caiu 8,87%, na última sessão antes de sair do Ibovespa.

(Atualizado às 17h58)

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar