Ibovespa em dólar (EWZ) afunda 2% e pode indicar o pior; como investir nesta quarta-feira (19)

19 abr 2023, 7:24 - atualizado em 19 abr 2023, 7:24

Tesouro Direto — Ibovespa em dólar (EWZ) mostra fraqueza antes da abertura do mercado e sinaliza um dia difícil para as ações brasileiras. (Imagem: Unsplash/ @ussamaazam)

O EWZ (principal ETF que representa o Ibovespa em dólar) despencava 2,07% nesta quarta-feira (19), no pré-market em Nova York (NYSE).

Isso pode sinalizar uma abertura negativa das ações listadas na B3 às 10h (horário de Brasília).

Na véspera, o principal índice da bolsa de valores brasileira capengou bastante e fechou em ligeira alta de 0,14%, a 106.163,23 pontos, e isso não é à toa.

De um modo geral, os investidores reagiram a alguns ruídos vindos de Brasília em relação ao novo arcabouço fiscal. A proposta foi entregue ao Congresso no fim da tarde de ontem.

Mas, o fato é que já está aberta a “temporada dos ruídos”. Afinal, a discussão do projeto de lei fiscal está apenas começando. Embora haja uma chance de deputados e senadores melhorarem a regra, tampouco se pode descartar o risco de flexibilização da proposta.

Wall Street

Os índices futuros de ações em Wall Street operavam em queda nesta quarta-feira, com o S&P 500 (-0,64%), Dow Jones (-0,52%) e Nasdaq (-0,92%).

A safra mais recente de resultados corporativos tem desapontado os investidores nos EUA, a começar pelos números da Netflix (NFLX) no primeiro trimestre de 2023.

Bolsas asiáticas e minério de ferro

As bolsas de valores situadas na Ásia fecharam mistas nesta quarta-feira, com membros do Federal Reserve confusos quanto ao ciclo de aumento de juros nos EUA.

Os destaques na região foram Japão (-0,18%), Hong Kong (-1,37%) e Xangai (-0,68%).

O minério de ferro, importante termômetro para a Vale (VALE3), caiu 0,38% na bolsa de commodities de Dalian, na China, a 782 yuans por tonelada métrica.

Os ADRs da Vale (VALE), no que lhe concernem, cediam 0,63% a US$ 15,67 cada, antes da abertura da NYSE.

Bolsas europeias e petróleo

Já o petróleo tipo Brent, negociado em Londres e referência internacional usada pela Petrobras (PETR4), derretia 1,76%, com cada barril valendo US$ 83,30, com volatilidade nos mercados.

Na esteira da oscilação do petróleo, os ADRs da Petrobras (PBR) afundavam 1,55% a US$ 12,10 cada, no pré-market em Nova York.

Na Europa, os mercados acionários apertavam a aversão por ativos risco. O Stoxx 600, índice que reúne as ações europeias mais negociadas, recuava 0,41% aos 466,71 pontos.

Os destaques no continente eram Reino Unido (-0,40%), Alemanha (-0,29%) e França (-0,21%).

Por Lucas Eurico Simões

Repórter

Repórter de renda fixa do Money Times e Editor de agronegócio do Agro Times desde 2019. Antes foi Apurador de notícias e Pauteiro na Rede TV! Formado em Jornalismo pela Universidade Paulista (UNIP) e em English for Journalism pela University of Pennsylvania. Motivado por novos desafios e notícias que gerem valor para todos.

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