Mercados

Ibovespa fecha em alta com companhias aéreas capitaneando ganhos

26 maio 2021, 17:13 - atualizado em 26 maio 2021, 18:01
O volume financeiro somava 27,1 bilhões de reais (Imagem: Unspash/@pixtolero2)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta quarta-feira, com ações de companhias aéreas entre os maiores ganhos em meio a notícias ligadas a uma potencial consolidação no setor, bem como melhores perspectivas para o segundo semestre.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,81%, a 123.989,17 pontos, chegando a 124.255,69 pontos na máxima da sessão. O volume financeiro somou 29,3 bilhões de reais.

O volume financeiro somava 27,1 bilhões de reais.

Wall Street terminou com o Nasdaq (US100) e o S&P 500 (SPX) no azul, o que beneficiou a bolsa paulista, assim como a alta dos papéis da mineradora Vale (VALE3) e das ações de grandes bancos como Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco( ITUB4).

O pregão brasileiro, de acordo com o sócio da Monte Bravo Rodrigo Franchini reflete o movimento externo, mas as blue chips também voltaram a ser mais demandadas, aproximando o Ibovespa de sua máxima histórica.

Os recordes do Ibovespa – 125.076,63 pontos no fechamento e 125.323,53 no intradia, foram registrados em 8 de janeiro.

Para Thomas Giuberti, sócio da Golden Investimentos, melhores perspectivas de crescimento da economia tem beneficiado as ações, principalmente de setores cíclicos domésticos. Ele ponderou que esse caminho precisa se concretizar, mas acrescentou que o sentimento mais pessimista vem se dissipando.

O estrategista da RB Investimentos, Gustavo Cruz, chamou a atenção para a aprovação da admissibilidade da proposta da reforma administrativa pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados na véspera.

“Ainda tem um longo caminho a percorrer…mas o mercado geralmente reage bem a temas como esse avançando”, acrescentou.

A divulgação de dados abaixo do esperado sobre a criação do emprego formal no país tirou o Ibovespa das máximas, mas segundo Giuberti, não apoiou vendas mais fortes.

Destaques

Azul (AZUL4) disparou 11,31%, após declarações da empresa de que estuda oportunidades de consolidação e que está em condição para liderar um processo nesse sentido.

Uma fonte disse à Reuters que a Azul abordou a chilena Latam com o objetivo de comprar sua operação brasileira.

Gol (GOLL4)  saltou 7,15%, após melhora nas previsões para ocupação e custos no segundo trimestre, além de estimativas preliminares para a segunda metade do ano. Após o novo guidance, o Bradesco BBI reiterou recomendação ‘neutra’ para a ação, mas elevou o preço-alvo, de 20 para 24 reais.

Locaweb (LWSA3) valorizou-se 6,74%, dando sequência à recuperação após um tombo de mais de 20% nos primeiros pregões do mês. Em maio, porém, ainda acumula queda de cerca de 10%.

Bradesco (BBDC4) fechou com elevação de 2,29% e Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 1,38%, recuperando-se de uma sessão negativa na véspera.

BTG Pactual (BPAC11) caiu 0,66%, tendo no radar potencial oferta de units.

Banco Inter (BIDI11) caiu 2,6%, sob realização de lucros após a disparada no começo da semana.

Vale (VALE3) avançou 2,94%, amenizando a correção desde que renovou máxima histórica mais cedo no mês. No setor de siderurgia, CSN (CSNA3), Usimians (USIM5) e Gerdau (GGBR4) também fecharam no azul, revertendo a fraqueza da primeira etapa da sessão.

Petrobras (PETR3) e Petrobras (PETR4) subiram 0,91% e 0,97%, respectivamente, conforme os preços do petróleo também melhoraram no exterior.

Suzano (SUZB3) caiu 3,77%, após dados do Pulp and Paper Products Council (PPPC) de abril mostrando queda nos embarques de celulose de fibra curta e nas remessas de celulose de fibra longa, segundo relato de analistas do Credit Suisse.

Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.