Mercados

Ibovespa fecha em alta e começa setembro no azul após 2 meses de perdas

01 set 2021, 17:10 - atualizado em 01 set 2021, 18:13
Ibovespa
Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 0,52%, a 119.395,60 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta nesta quarta-feira, começando setembro no azul após dois meses seguidos de perdas, endossado pelo quadro externo favorável, além de ajustes de posições tradicionais de começo de mês.

Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 0,52%, a 119.395,60 pontos. O volume financeiro da sessão somou 29,5 bilhões de reais.

Na véspera, o Ibovespa teve declínio de 0,8%, acumulando em agosto perda de 2,5%, após uma queda de 3,9% em julho, em meio à piora do sentimento em relação ao Brasil com percepção de aumento dos riscos fiscais e políticos.

Estrategistas do BTG Pactual (BPAC11) veem a bolsa paulista ainda volátil e sem tendência em setembro, enquanto investidores aguardam desfechos sobre o novo programa social ampliado e pagamento de precatórios, segundo relatório a clientes.

“O mercado quer uma solução que respeite, tanto quanto possível, o teto de gastos  a poderosa, mas infelizmente única, âncora fiscal do Brasil”, afirmaram, avaliando que preservar essa regra pode reacender a tendência de alta das ações.

No exterior, o índice Nasdaq renovou máximas, com dados mais fracos que o esperado sobre empregos no setor privado dos EUA, enquanto a atividade fabril acelerou.

A ADP reportou mais cedo que foram criadas 374 mil vagas no setor privado em agosto, abaixo do previsto por economistas, que estimavam a criação de 613 mil postos de trabalho.

O índice de atividade fabril nacional medido pelo Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês), por sua vez, avançou para 59,9 em agosto, ante 59,5 em julho e acima do esperado.

Para o diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos, a expectativa de que esse conjunto leve à manutenção de estímulos pelo Federal Reserve ajudou o Ibovespa.

“Apesar do ISM melhor, número menor da ADP deixa investidores mais tranquilos de que os juros não irão subir tão cedo (nos EUA)”, afirmou.

No Brasil, a sessão também foi marcada por dados mostrando que a economia brasileira encolheu 0,1% no segundo trimestre, refletindo desempenhos fracos da indústria e da agropecuária, que ofuscaram a força de serviços.

Destaques

B3 (B3SA3) avançou 2,56%, na segunda alta seguida, após terminar agosto com declínio de 7,7%, com analistas avaliando que os efeitos de volumes menores do que o esperado, riscos de competição e legais, já estão no preço.

Marfrig (MRFG3) fechou em alta de 4,88%, renovando máximas desde março de 2010, em sessão sem viés único no setor de proteínas, com Jbs (JBSS3) terminando estável e Minerva (BEEF3) caindo 1,67%.

Eneva (ENEV3) valorizou-se 4,02%, em sessão de ajustes após perder 7% no mês passado, em sessão positiva para o setor elétrico, com o índice do segmento na B3 avançando 2,43%, tendo no radar a crise hídrica no país.

Eletrobras (ELET3) avançou 2,79%, após o governo dar mais um passo para a capitalização da elétrica, fixando em 62,5 bilhões de reais o valor adicionado pelos novos contratos de concessão de geração para as 22 usinas da empresa.

Vale (VALE3) subiu 0,17%, revertendo perdas do começo do pregão, com o setor de mineração e siderurgia terminando sem sinal único, após mais uma sessão de baixa dos preços do minério de ferro na China.

Usiminas (USIM) recuou 2,59%.

Petrobras (PETR4) caiu 0,55%, em meio a oscilações discretas do petróleo no exterior, além de ruídos envolvendo os preços de combustíveis no país.

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