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Ibovespa fecha em alta, mas recua em semana com fiscal e sell-off em Nova York

04 set 2020, 17:28 - atualizado em 04 set 2020, 18:19
Ibovespa
Os dados são preliminares, anteriores ao ajuste de fechamento (Imagem: REUTERS/Rahel Patrasso)

O Ibovespa (IBOV) teve perda semanal, após duas semanas com desempenho positivo, em meio a preocupações com o cenário fiscal e à forte correção negativa em ações de tecnologia em Wall Street.

Do ponto de vista fiscal, Brasília buscou corrigir a rota nos últimos dias, com envio de uma primeira tranche da proposta de reforma administrativa do governo ao Congresso Nacional e definição sobre o auxílio emergencial em razão da Covid-19.

Ao mesmo tempo, o programa Renda Brasil, gestado para aglutinar programas sociais, ficou para depois, com a equipe econômica afirmando que ele será estudado por mais tempo.

No exterior, contudo, um ‘sell-off’ de ações de tecnologia em Wall Street, após expressiva valorização desde o começo do ano, derrubou o S&P 500 (SPX) e o Nasdaq (US100), que vinha renovando máximas históricas em sessões recentes.

O Ibovespa sentiu o tranco, mas resistiu razoavelmente, em parte porque já mostrava performance pior do que os pregões em Nova York. Ainda assim, ações ligadas ao ecommerce, que estão entre as maiores altas em 2020, sofreram.

Nos porfólios recomendados para setembro, estrategistas chamaram a atenção principalmente para o cenário fiscal, destacando a necessidade de avanços nessa frente para pavimentar a retomada da tendência de alta do Ibovespa.

Nesta sexta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,52%, a 101.241,73 pontos. Na semana, caiu 0,88%, enquanto nos primeiros quatro pregões do mês contabiliza alta de 1,88%. No ano, o declínio alcança 12,45%.

Maiores baixas do Ibovespa no dia

Maiores altas do Ibovespa no dia

O índice Small Caps subiu 0,44%, a 2.466,75 pontos, com perda de 0,2% na semana, mas alta de 1,28% no mês. No acumulado de 2020, a queda é de 13,17%.

O volume negociado no pregão nesta sexta-feira somou 32,8 bilhões de reais.

Notícias de Ações em Destaque na Semana:

Portfólio Cenário fiscal deve determinar ritmo da bolsa brasileira em setembro

Cruzeiro do Sul pede registro de companhia aberta, mas não deve vender ações

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Méliuz vai usar recursos de IPO para marketplace e aquisições

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Operadora de terminal de petróleo no Porto do Açu pede registro para IPO

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Plataforma de aluguel de imóveis Housi pede registro para IPO

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3R Petroleum pede registro para IPO e foca ativos da Petrobras

Site de consumo colaborativo Enjoei pede registro para IPO

Produtora de biocombustível Granbio pede registro para IPO

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Pague Menos (PGMN3) precifica IPO a R$8,50 por ação, bem abaixo de faixa indicativa

Santos Brasil (STBP3) diz que estuda oferta de ações e já começou a engajar bancos

IRB (IRBR3) Brasil RE homologa aumento de capital de R$2,3 bi

Destaques do Ibovespa do Acumulado do Mês:

GOL (GOLL4), que pagou uma dívida de 300 milhões de dólares na segunda-feira, acumula até o momento elevação de 11,7%, em semana de recuperação do setor aéreo na bolsa, embora ainda continue entre os destaques negativos do ano.

Azul (AZUL4) mostra elevação de 10,7%. O aumento gradual na oferta de voos pelas companhias em meio à flexibilização de medidas restritivas para combater o coronavírus tem ajudado.

Em 2020, porém, essas ações perdem 45,7% e 57,8%, respectivamente

Ultrapar(UGPA3) valoriza-se 10,55%, entre as maiores altas neste começo de setembro. Em relatório nesta semana, o UBS reiterou ‘compra’ para as ações e elevou o preço-alvo para 25 reais, afirmando que os negócios do grupo, com exceção da Ipiranga, estão mostrando alguma resiliência à crise e que a Oxiteno pode se beneficiar do real mais fraco.

Além disso, citaram oportunidades de M&A provenientes principalmente do processo de desinvestimento da Petrobras (PETR4).

Fleury (FLRY3) sobe 9,2%, após anúncio pelo grupo de diagnósticos médicos do lançamento de uma empresa de tecnologia, baseada na ciência de dados e inteligência artificial, batizado de Saúde iD.

B2W (BTOW3) perde 8,7% e Via Varejo (VVAR3) recua 7,8%, em meio a forte correção nos papéis após ganhos expressivos desde o começo do ano, na esteira do forte crescimento do comércio online.

Magazine Luiza (MGLU3) cai 4,8%. No ano, contudo, esses papéis ainda sobem 63,3%, 69,2% e 86,45%, respectivamente.

Cosan (CSAN3) mostra declínio de 7,7%, dando sequência às perdas de agosto, diante da queda dos preços do açúcar no exterior. Investidores aguardam novidades sobre eventuais IPOs de unidades da companhia, entre elas a Compass Gás e Energia, bem como eventual oferta da Raízen Combustíveis, joint venture entre Shell e Cosan, por refinaria da Petrobras.

Destaques do Small CAps no Acumulado do Mês:

Grendene (GRND3) sobe quase 11%, dando continuidade à recuperação dos últimos meses e apoiada em perspectivas mais positivas para o setor com alívio de medidas de confinamento por causa do Covid-19, embora ainda acumule queda de 29,5% em 2020.

Unipar (UNIP3)  contabiliza queda de quase 8% neste mês, com o noticiário da companhia incluindo constituição de joint venture com controle compartilhado com a AES Tietê Energia para geração de energia eólica na Bahia.

Veja o comportamento dos principais índices setoriais na B3 (B3SA3) no acumulado do mês:

– Índice financeiro: +2,93%

– Índice de consumo: +0,24%

– Índice de Energia Elétrica: +0,72

– Índice de materiais básicos: +0,20

– Índice do setor industrial: +0,06%

– Índice imobiliário: +1,49%

– Índice de utilidade pública: +1,64%

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reuters@moneytimes.com.br
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