Mercados

Ibovespa fecha em queda de 1,43% com avanço da Covid

11 jan 2021, 18:13 - atualizado em 11 jan 2021, 18:51
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Só nos primeiros quatro pregões de 2021, a bolsa paulista registrou entrada líquida de 8,3 bilhões de reais de recursos de investidores estrangeiros (Imagem: B3/Linkedin)

Investidores encontraram em novas restrições ligadas ao avanço da Covid um argumento para vender ações na bolsa paulista, levando o Ibovespa (IBOV) para baixo nesta segunda-feira após ter renovado pontuação máxima de fechamento por duas sessões seguidas.

O principal índice acionário do Brasil fechou em baixa de 1,46%, a 123.255,13 pontos. O giro financeiro da sessão somou 35,6 bilhões de reais.

Diferente da semana passada, quando o foco se concentrou nos anúncios sobre campanhas de vacinação, profissionais do mercado abriram esta sessão apontando para novas medidas de isolamento na China, na Grã-Bretanha e na Alemanha, entre outros.

Além disso, notícias sobre um eventual novo pedido de impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de possível compromisso de candidato de oposição à presidência da Câmara dos Deputados no Brasil para por em votação o mesmo tipo de pedido contra Jair Bolsonaro ganharam destaques em relatórios.

Para profissionais do mercado, porém, o movimento da sessão parece pontual, dado que o ambiente monetário expansionista deve prosseguir por pelo menos mais alguns meses, liberando um grande volume de recursos para ativos de risco, como ações.

“A realidade das bolsas de valores está muito atrelada à atual situação de liquidez, apesar de haver preocupações no radar”, disse o sócio da Monte Bravo Investimentos Rodrigo Franchini, apontando o frágil quadro fiscal no caso do Brasil.

Só nos primeiros quatro pregões de 2021, a bolsa paulista registrou entrada líquida de 8,3 bilhões de reais de recursos de investidores estrangeiros.

Entre os destaques da sessão, Copel liderou perdas, diante de maiores temores quanto a risco de governança da estatal paranaense. Na outra ponta, ações do setor de saúde seguiram brilhando, com destaque para Hapvida e Notre Dame Intermédica, que anunciaram na sexta-feira um plano de fusão.

Destaques

Usiminas (USIM5) subiu 1,2%, destoando da tendência majoritária do mercado, que foi alvo de embolso de lucros. O Credit Suisse elevou a recomendação para a ação, de neutra para outperform.

No setor de metais, Vale (VALE3) fechou praticamente estável e CSN (CSNA3) encolheu 2,2%.

Copel (CPLE3) caiu 5,5%. O Bradesco BBI mudou a recomendação para o papel, de neutra para underperform, por entender que os riscos de governança da estatal crescem após o governo paranaense, que a controla, ter pedido a distribuição de dividendos extraordinários no maior valor possível em 2021 e plano de vender ações na companhia, mas mantendo o controle.

Hapvida (HAPV3) subiu 8,5%, estendendo os ganhos de sexta-feira, quando escalou quase 18% após ter anunciado planos de comprar a rival Notre Dame Internédica (GNDI3), que avançou 11%.

Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,6%, aparentemente não seduzindo os investidores com o anúncio de que vai fechar agências e fazer um programa de demissão voluntária (PDV) para economizar 2,7 bilhões de reais até 2025.

No setor, Itaú bba perdeu 2,25% e Bradesco (BBDC4) teve baixa de 1,8%.

Petrobras (PETR4) retrocedeu 0,8%, mesmo com o preço do barril de petróleo voltando para o azul, após fortes baixas no período da manhã.

Cielo (CIEL3) declinou 2,9%, com a maior empresa de pagamentos sendo um dos destaques de baixa, mesmo não tendo surfado a onda recente de valorização do Ibovespa.

A Abecs, previu nesta segunda-feira que o volume de compras pagas com cartões de crédito, débito e pré-pagos no Brasil deve superar 2,3 trilhões de reais em 2021, alta de cerca de 20% ante 2020.

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