Mercados

Ibovespa (IBOV) supera ‘susto’ com Fed e atinge melhor patamar desde outubro de 2022; entenda

14 jun 2023, 17:20 - atualizado em 14 jun 2023, 17:38
Ibovespa
Ibovespa reagiu à decisão do Federal Reserve (Fed) nesta quarta-feira (14) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) ameaçou uma forte desaceleração nesta quarta-feira (14), apesar da decisão do Federal Reserve (Fed) de manter os juros dos Estados Unidos na faixa de 5-5,25%.

Após falas de Jerome Powell, presidente do banco central norte-americano, o principal índice da Bolsa brasileira terminou em alta de 1,99%, a 119,068,77 pontos. Esse é o maior patamar desde outubro de 2022.

O susto que o mercado levou mais cedo acompanhou a piora em Wall Street. Mesmo com a decisão do banco central dos EUA de pausar o ciclo de aperto monetário, o comunicado divulgado pelas autoridades dá a entender que os juros do país ainda vão subir.

Porém, em discurso pós-comunicado, Powell conseguiu acalmar parte das preocupações dos mercados, ainda que tenha avaliado que as pressões inflacionárias continuam elevadas e que o processo de redução da inflação a 2% ainda tem “um longo caminho a percorrer”.

Powell sinalizou que a maioria dos participantes ainda acredita que mais mudanças (para cima) nas taxas serão necessárias, embora tenha reconhecido os benefícios de moderar o ritmo do aperto para que a economia possa se adaptar ao novo cenário.

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Fed “comprou tempo”

O economista Étore Sanchez, da Ativa Investimentos, avalia que a interrupção (momentânea ou não) do ciclo de altas dos juros dos EUA foi feita de maneira dura, “sinalizando por altas adicionais através das projeções, mas sem [o Fed] se comprometer textualmente”.

“O Fed ‘comprou tempo’ para avaliar o andamento da economia, e o fez afastando cenários de cortes precoces, para no mínimo o início do ano que vem”, diz o especialista.

Os índices acionários nos EUA fecharam com desempenho misto nesta quarta, com Dow Jones em queda de 0,68%, enquanto S&P 500 e Nasdaq viraram para altas de 0,08% e 0,39%, respectivamente.

Além da repercussão da decisão do banco central dos EUA, no Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que as vendas no varejo subiram 0,1% em abril, desacelerando em relação à alta de 0,8% do mês anterior. No entanto, comparado com o mesmo período do ano passado, o indicador avançou 0,5%.

O acumulado em 12 meses das vendas no varejo ficou em 0,9%.

Altas e baixas

As ações de Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) ajudaram a impulsionar o Ibovespa no pregão, com a mineradora subindo 1,75% em meio aos ganhos do minério de ferro na China e a petroleira disparando 4,30% após informar à Braskem (BRKM5) que não decisão sobre o processo de desinvestimento ou de aumento de participação na companhia.

As companhias aéreas Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) dispararam 11,80% e 8,66%, respectivamente, beneficiando-se de uma perspectiva de melhora do cenário macroeconômico, com o mercado local avaliando a proximidade de um corte da Selic no Brasil.

A Hapvida (HAPV3) subiu 8,31%, em movimento de ajuste.

Enquanto isso, a Cielo (CIEL3) liderou as baixas do dia ao recuar 2,35%.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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