Mercados

Ibovespa (IBOV): Mau humor pós-Fed não abala índice local; veja expectativas para o Copom

20 set 2023, 17:11 - atualizado em 20 set 2023, 17:25
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Ibovespa sobrevive a Fed; agora, investidores aguardam divulgação do Copom (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ibovespa (IBOV) passou no teste de fogo desta quarta-feira (20). O índice, que é referência para a Bolsa brasileira, encerrou o pregão com valorização de 0,72%, a 118.695,32 pontos.

O movimento destoou da reação em Wall Street, cujos principais índices acionários terminaram o dia em queda após a decisão de juros do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos.

O Fed anunciou a manutenção da taxa de referência de juros do país em 5,25-5,50%, conforme esperado pelo mercado. O BC americano levantou a possibilidade de novos incrementos nas próximas reuniões, uma vez que segue comprometido em retornar a inflação à meta de 2%.

O que mexeu com os mercados, no entanto, foram as projeções materiais que atribuíram um tom mais agressivo e azedaram o humor dos agentes financeiros. A mediana da perspectiva para o juro subiu de 4,6% para 5,1%.

Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, afirma que as novas projeções para os indicadores de atividade econômica e inflação sugerem que a parada de setembro podem não ter encerrado o ciclo de alta de taxas de juros.

“As taxas de inflação perigosamente altas convivendo com atividade resiliente após todo o aumento dos juros provavelmente irão encorajar apertar ainda mais a política monetária”, avalia o especialista.

Dá a entender, acrescenta Igliori, que os dados divulgados hoje sinalizam que os EUA terão que conviver com juros historicamente elevados por “bastante tempo”.

Expectativa pelo Copom

Passada a decisão do Fed, investidores locais esperam agora o anúncio do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

A expectativa que predomina é de continuidade no processo de flexibilização da Selic, a taxa básica de juros do país. Espera-se um novo corte de 0,50 ponto percentual, similar ao movimento da reunião de agosto.

Foi levantada, a princípio, a possibilidade de um aumento mais agressivo, na ordem de 0,75 ponto percentual. Porém, a cautela tem prevalecido no mercado.

“Embora a desinflação seja um fator positivo, as incertezas fiscais e a resiliência da atividade econômica ainda justificam a cautela, tornando a expectativa de corte de 50 pontos-base uma escolha sensata para a próxima decisão de política monetária”, comenta Lucas Almeida, especialista em mercado de capitais e sócio da AVG Capital.

Segundo Almeida, a divulgação do IGP-M hoje, que subiu 0,34% na segunda prévia de setembro, fortaleceu a expectativa de que uma aceleração mais forte de queda de juros só deve acontecer em 2024.

As ações da Azul (AZUL4) dispararam 11,68%, liderando as altas do Ibovespa, após a elevação de recomendação pelo Goldman Sachs. Nesta semana, o JP Morgan também passou a recomendar a compra dos papéis da companhia aérea.

E o Pão de Açúcar (PCAR3) foi destaque negativo, após perder quase 6% na sessão.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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