BusinessTimes

Ibovespa (IBOV) limita perdas com Powell, mas encerra sessão em queda por pressão das commodities

22 jun 2022, 17:06 - atualizado em 22 jun 2022, 19:30
Ibovespa, Ações, Mercados, B3
Commodities ditaram o tom do mercado de ações nesta quarta-feira (22) (Imagem: Tainá da Silva)

O Ibovespa (IBOV) encerrou esta quarta-feira (22) de carregada instabilidade com uma pequena desvalorização.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O principal índice da Bolsa brasileira abriu em forte queda hoje, pressionado pelas commodities, mas teve suas perdas limitadas após declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell.

O Ibovespa teve desempenho negativo de 0,16%, a 99.522,32 pontos. Na mínima, o índice chegou a atingir 98.050,02 pontos. O volume financeiro no pregão somou R$ 23,7 bilhões.

3R Petroleum (RRRP3) e PetroRio (PRIO3) registraram as maiores perdas do setor de óleo e gás por conta da queda dos preços de petróleo. A commodity chegou a cair mais de 6% no dia.

Mineradoras e siderúrgicas também caíram na sessão, com CSN (CSNA3) sendo o destaque negativo. Os papéis da empresa recuaram 4,60%, a R$ 16,97.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Notícias que movimentaram o Ibovespa hoje

Nova queda do minério de ferro

Os preços do minério de ferro despencaram para o menor nível em 16 semanas nesta quarta.

O contrato de minério de ferro mias negociado na Bolsa de Dalian, para setembro, recuou 6%, a 709,50 yuanes (US$ 105,57) a tonelada, marcando a nona sessão consecutiva de queda.

O contrato chegou a cair para 698,50 iuanes, o menor nível desde 1º de março.

Na Bolsa de Cingapura, o contrato para julho da commodity caiu 5,6%, a US$ 108,45 a tonelada.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Traders estão cada vez mais preocupados com o excesso de oferta de aço na China.

Cresce a preocupação quanto a um potencial colapso do consumo de aço no mercado chinês, visto que a recuperação da demanda não está acompanhando a oferta.

Falas de Powell

Nesta quarta, o presidente do Fed fez declarações para o Comitê Bancário do Senado.

Em discurso mais tranquilizador, Powell sinalizou que aumentos contínuos nas taxas de juros dos Estados Unidos serão apropriados, mas o ritmo dependerá da evolução do cenário econômico.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Powell afirmou que o banco central norte-americano está “fortemente comprometido” em reduzir a inflação, que está em seu maior nível em mais de 40 anos.

A autoridade do Fed também acabou reconhecendo que um ritmo acelerado de elevação de juros pode levar a uma recessão no país, algo que o mercado está especulando há semanas.

“Não é o nosso resultado pretendido, mas certamente é uma possibilidade e, francamente, os eventos dos últimos meses em todo o mundo tornaram mais difícil para nós alcançarmos o que queremos, que é inflação em 2% e ainda uma mão de obra forte”, comentou Powell, ao responder a senadora Elizabeth Warren.

Autoridades monetárias dos EUA anunciaram na semana passada uma elevação de 0,75 ponto percentual nos juros. Com isso, a taxa passou a ficar na faixa de 1,5-1,75%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O aperto monetário – o maior desde 1994 – coloca a taxa de juros ao nível mais alto desde março de 2020.

O Fed também elevou suas projeções para a meta dos juros nos próximos anos por conta da inflação mais apertada.

A mediana da expectativa para a taxa básica de juros subiu para 3,4% até o fim de 2022 (contra 1,9% projetado em março).

Para 2023, a meta foi revisada para 3,8%, de 2,8% em março. A taxa estimada para o fim de 2024 é de 3,4%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Fed também revisou as estimativas para a inflação, que deve terminar o ano em 5,2%, acima da previsão de 4,3% em março.

Destaques da Bolsa hoje

BTG PACTUAL UNIT (BPAC11) avançou 5,55%, tendo de pano de fundo relatório do Itaú BBA afirmando que vê oportunidade de compra dos papéis após a queda acumulada neste mês, tendo em vista a perspectiva de bons resultados do segundo trimestre. Entre os bancos, ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) cedeu 0,74% e BRADESCO PN (BBDC4) caiu 0,43%.

PETROBRAS PN (PETR4) perdeu 0,3%, com o papel ainda fragilizado por causa das discussões sobre a política de preços da companhia, com medidas potencialmente nocivas à estatal sendo aventadas. No setor, 3R PETROLEUM ON (RRRP3) caiu 6,7% e PETRORIO ON (PRIO3) caiu 6,42%, com queda dos preços do petróleo no exterior.

NATURA&CO ON (NTCO3) valorizou-se 3,8%, no segundo pregão de alta, após renovar mínima de fechamento desde setembro de 2018 na terça-feira. Após anunciar mudanças no comando na semana passada, a Natura&Co anunciou na noite da véspera emissão de quase R$ 1,9 bilhão em debêntures de sua subsidiária Natura Cosméticos para alongar sua dívida.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

IRB BRASIL RE ON (IRBR3) despencou 10,6%, após reportar aumento no prejuízo para 92,7 milhões de reais em abril, com alta no índice de sinistralidade. Analistas do Citi chamaram atenção para o risco de que os resultados mensais negativos levem a problemas de capital e demandem novo aumento de capital pela resseguradora.

VALE ON (VALE3) cedeu 0,9%, conforme os contratos futuros de minério de ferro de Dalian caíram nesta quarta-feira para seu menor nível em 16 semanas, enquanto um movimento de vendas (sell-off) foi retomado em Cingapura, devido ao aumento das preocupações com excesso de oferta de aço na China. CSN MINERAÇÃO ON (CMIN3) perdeu 1,6%.

CSN ON (CSNA3) recuou 4,6%, tendo também no radar anúncio pela companhia de contratação de assessoria financeira para avaliar oportunidade de aquisição de participação na mineradora Samarco.

Com Reuters

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Entre para o nosso Telegram!

Faça parte do grupo do Money Times no Telegram. Você acessa as notícias em tempo real e ainda pode participar de discussões relacionadas aos principais temas do Brasil e mundo. Entre agora para o nosso grupo no Telegram!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
As melhores ideias de investimento

Receba gratuitamente as recomendações da equipe de análise do BTG Pactual – toda semana, com curadoria do Money Picks

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar