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Perto dos 100 mil pontos: Ibovespa (IBOV) tem maior série de perdas desde 2015

14 jun 2022, 17:03 - atualizado em 14 jun 2022, 19:14
B3 futuros bitcoin
Ibovespa estende queda nesta terça-feira (14); sentimento do mercado ainda é de aversão a risco global (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

O Ibovespa (IBOV) até começou o dia tentando recuperar parte das perdas de ontem, mas fechou mais uma vez em queda nesta terça-feira (14).

Renovando mínimas desde janeiro, o principal índice da Bolsa brasileira caiu 0,52%, se aproximando da barreira psicológica de 100 mil pontos. O patamar encerrado hoje foi de 102.063,25 pontos.

O Ibovespa acumula uma desvalorização de 9,19% na maior série de perdas desde setembro de 2015, quando também caiu oito sessões seguidas.

O sentimento do mercado ainda é de aversão a risco global. Investidores aguardam a decisão sobre os juros do Brasil e, em especial, dos Estados Unidos.

O mercado doméstico também repercutiu a aprovação pelo Senado do texto principal do projeto que limita a cobrança do ICMS aos combustíveis.

As ações da Eletrobras (ELET3) foram o destaque de alta do dia. Os papéis fecharam com valorização de mais de 3% após a oficialização da privatização em evento que contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, e o Ministro da Economia, Paulo Guedes, na sede da B3 (B3SA3).

Notícias que movimentaram o Ibovespa hoje

FOMC e Copom

Autoridades monetárias dos EUA anunciarão amanhã o resultado da reunião de dois dias sobre as taxas de juros do país. Os mercados, que antes esperavam uma alta de 0,5 ponto percentual, passaram a projetar um aumento ainda mais agressivo, de 0,75 ponto percentual, após a divulgação de dados de inflação acima do esperado na semana passada.

Nesta manhã, o Departamento do Trabalho dos EUA informou que o índice de preços ao produtor para a demanda final acelerou de abril para maio. Após um avanço de 0,4%, o indicador registrou um crescimento de 0,8% no mês passado, em linha com as expectativas de economistas consultados pela Reuters.

Os novos dados indicam que a inflação nos EUA pode permanecer elevada por algum tempo.

No acumulado em 12 meses, o índice avançou 10,8%, de 10,9% em abril.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) também divulga nesta quarta (15) a decisão sobre a Selic, taxa básica de juros do Brasil. O consenso do mercado é de que o BC comunique uma elevação de 0,5 ponto percentual nesta semana, com a Selic indo para 13,25% ao ano.

ICMS sobre combustíveis

O Senado aprovou ontem o texto principal da proposta que estabelece um teto do ICMS para combustíveis e outros setores (energia elétrica, gás natural, comunicações e transporte coletivo).

O texto foi aprovado por 65 votos a 12, e não fixa uma alíquota, mas estabelece um teto de aproximadamente 17%, a incluir esses setores no rol “essenciais”.

A proposta traz compensações a Estados por eventuais perdas de arrecadação por conta do limite de cobrança do ICMS.

O projeto voltará para a Câmara, que discutirá as alterações propostas no Senado.

André Meirelles, Diretor de Alocação e Distribuição da InvestSmart XP, explica que a queda do Ibovespa espelha os receios do mercado de que os esforços para reduzir a inflação de curto prazo pode pesar para o equilíbrio fiscal do país no longo prazo.

Destaques da Bolsa hoje

VIA ON (VIIA3) caiu 10,2%, tocando mínimas desde 2016, com o varejo na ponta negativa do índice. Dados mostraram desaceleração das vendas no varejo no país em maio. MAGAZINE LUIZA ON (MGLU3) cedeu 4,87% e AMERICANAS ON (AMER3) perdeu 4,25%.

CVC BRASIL ON (CVCB3) recuou 6,7%, tendo de pano de fundo a alta do dólar e anúncio de oferta primária de ações pela operadora de turismo. A operação deve ser precificada em 23 de junho.

ELETROBRAS ON (ELET3) evoluiu 3,37%, em recuperação após a queda na esteira do resultado da oferta de ações para privatizar a empresa, com outros nomes do setor em dia positivo, dado que o setor é considerado defensivo.

PETROBRAS PN (PETR4) subiu 1,13%, tendo também de pano de fundo a alta dos preços do petróleo no exterior e especulações ligadas aos preços de combustíveis.

BRADESCO PN (BBDC4) cedeu 1,01% e ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) cedeu 0,67%, diante da aversão a risco nos mercados, enquanto BANCO INTER UNIT (BIDI11) continuou apresentando o pior desempenho entre os bancos do Ibovespa, em baixa de 2,23%.

VALE ON (VALE3) perdeu 0,2%, em meio a uma queda modesta dos preços do minério de ferro na China.

Com Reuters

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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