Mercados

Ibovespa (IBOV): Ata do Fed leva índice a atingir feito nunca visto antes na Bolsa

16 ago 2023, 17:31 - atualizado em 16 ago 2023, 17:40
Ibovespa
Ibovespa crava 12ª sessão seguida no vermelho (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa (IBOV) encerrou esta quarta-feira (16) cravando a sua 12ª baixa consecutiva, seguindo a queda nos mercados norte-americanos e com a China ainda no radar em meio a preocupações com a recuperação da segunda maior economia do mundo.

O índice de referência da Bolsa brasileira registrou perdas de 0,50% na sessão, a 115.591,52 pontos. Dessa forma, o Ibovespa atingiu um feito histórico, marcando uma sequência de quedas nunca vista antes na Bolsa brasileira, de acordo com levantamento do Valor Data.

Foi divulgada a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), quando o banco central dos Estados Unidos elevou os juros do país para a faixa de 5,25-5,50%.

O documento desta quarta mostra que as autoridades monetárias ficaram divididas em relação a novos aumentos nos juros. Uma parcela citou riscos para a economia dentro de um cenário mais agressivo com a condução do ritmo de aperto monetário. A maioria, no entanto, chamou a atenção para a necessidade de combate à inflação.

“A maioria dos participantes continuou a ver riscos significativos de alta para a inflação, o que pode exigir mais aperto da política monetária”, diz a ata.

Após a ata, as taxas dos contratos futuros de juros no Brasil fecharam em leve alta, em praticamente toda a curva a termo, após terem oscilado em baixa.

Além disso, nos EUA, foram divulgados dados da produção industrial, que subiu 1% em julho, acelerando em relação a junho, quando houve crescimento de 0,8%. Enquanto isso, a produção manufatureira avançou 0,5%.

Na zona do euro, a produção industrial registrou avanço de 0,5%, acima do esperado por analistas, cujas projeções consideravam 0,2%. O PIB da região subiu 0,3% no segundo trimestre do ano, inalterado sobre os dados preliminares.

No Reino Unido, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) mostrou desaceleração na base mensal, de +7,9% em junho para +6,8% em julho. No entanto, considerando o núcleo, que não inclui os preços de energia e alimentos, se manteve em 6,9%, ficando acima das projeções de leitura, de 6,8%.

Altas e baixas

Nem a alta das ações da Petrobras (PETR4) ajudou a manter o Ibovespa em alta. Apesar do tombo dos preços do petróleo, a estatal encerrou o dia com valorização de 2,20% na Bolsa.

A Vale (VALE3) teve um pregão fraco, tendo encerrado em queda de 0,39%, com um desempenho misto dos preços do minério de ferro.

O IRB (IRBR3) disparou 11,86%, com o mercado repercutindo a elevação de recomendação do Citi para os papéis, de “venda” a “neutra”, com novo preço-alvo de R$ 40.

A Sabesp (SBSP3) subiu 5,53%. O governo do Estado de São Paulo publicou um decreto alterando a legislação de 2021 que trata das chamadas Unidades Regionais de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário (URAE), concedendo mais representação às regiões metropolitanas.

Do lado das quedas, a Weg (WEGE3) perdeu 4,42%. Ontem à noite, a XP Investimentos cortou a recomendação para “neutro”, passando a ver uma combinação crescimento e retorno não tão atrativa.

*Com informações da Reuters.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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