Mercados

Durou pouco: Ibovespa (IBOV) se afasta de máxima histórica em sessão com reforma tributária sob os holofotes

15 dez 2023, 18:17 - atualizado em 15 dez 2023, 18:28
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Ibovespa tem dia de realização de lucros após máxima histórica (Imagem: Divulgação/B3)

O Ibovespa (IBOV) engatou pregão de queda nesta sexta-feira (15), após renovar máxima histórica quando bateu os 130.842,09 pontos no fechamento anterior.

Referência na Bolsa brasileira, o índice recuou 0,49% hoje, a 130.197,1o pontos. Mesmo assim, conseguiu encerrar a semana acumulando uma valorização de 2,44%, apoiado pelas decisões dos bancos centrais do Brasil e, especialmente, dos Estados Unidos.

De acordo com análise gráfica da Ágora Investimentos, mesmo com a correção desta sexta, o Ibovespa ainda está engatilhado para buscar o próximo alvo, em 132.350 pontos. O suporte consolidado permanece nos 128.170 pontos.

O Fed decidiu por manter inalterados os juros americanos em 5,25-5,50%. Em comunicado, o banco central americano, apesar de citar o cenário ainda incerto e reafirmar o compromisso de retornar a inflação de volta à meta de 2%, sinalizou que o aperto histórico chegou ao fim, com o início dos cortes ocorrendo em 2024.

Porém, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, em entrevista à CNBC, descartou cortes de juros no curto prazo. De acordo com ele, a discussão se concentra em assegurar que a política monetária está no caminho certo para continuar levando a inflação à meta de 2%.

“Não estamos realmente falando sobre cortes de juros no momento”, afirmou.

No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu por um novo corte de 0,50 ponto percentual na Selic, que passou para 11,75% ao ano. A decisão veio em linha com a maioria das apostas do mercado.

O BC informou em comunicado que os membros do comitê anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões, avaliando que o ritmo é “apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”.

Do noticiário do dia, as atenções se voltaram para a votação do texto-base da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, aprovada há pouco pela Câmara dos Deputados em primeiro turno, com 371 votos a favor.

O texto-base, embora preserve a estrutura central da proposta, ainda pode ser alterado por emendas a serem votadas separadamente.

Após aprovação em primeiro turno, deputados ainda precisarão votar em uma segunda rodada, também prevista para esta sexta.

Além da reforma tributária, a Câmara aprovou a medida provisória que regulamenta subvenções após alterações que flexibilizam a proposta original do governo. Dentro da proposta, constam regras mais frouxas para os juros sobre o capital próprio (JCP).

Varejo cai e é destaque negativo do Ibovespa

Hoje, as taxas dos DIs marcaram a quinta sessão seguida de queda, seguindo o exterior. Apesar disso, as ações da Casas Bahia (BHIA3) e do Magazine Luiza (MGLU3) figuraram entre as principais quedas do Ibovespa.

No caso da Casas Bahia, a forte queda acontece no primeiro pregão pós-grupamento de ações na proporção de 25 para 1.

As ações da Petrobras (PETR4) reagiram com leve alta de 0,23%. Já Vale (VALE3) avançou 0,63%, mesmo com a queda do minério de ferro na China.

Sem fortes altas, o pregão contou com Braskem (BRKM5) e Banco do Brasil (BBAS3) entre os destaques.

*Com informações da Reuters.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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