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Ibovespa (IBOV) acompanha Wall Street e fecha no vermelho; HAPV3 despenca e AZUL4 dispara

09 mar 2023, 18:15 - atualizado em 09 mar 2023, 18:15
Ibovespa
Ibovespa tem baixa nesta quinta-feira (9) com exterior negativo (Imagem: Patricia Monteiro/Bloomberg)

O Ibovespa (IBOV) terminou a sessão de altas e baixas desta quinta-feira (9) no vermelho, sem o apoio dos principais índices de Wall Street, que tiveram um dia negativo, e com o mercado local monitorando anúncios a respeito do novo arcabouço fiscal.

O índice de referência da Bolsa brasileira encerrou com perdas de 1,38%, a 105.071,19 pontos. Os índices acionários norte-americanos fecharam em queda, uma vez que investidores estão cautelosos com os próximos passos do Federal Reserve (Fed) em relação ao ritmo do aperto monetário nos Estados Unidos.

O presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, comentou ontem que não foi tomada nenhuma decisão quanto ao ritmo de ajuste dos juros, embora um movimento de aceleração da alta não esteja descartado.

Dados de pedidos de seguro-desemprego divulgados nesta quinta vieram acima do esperado, mas ainda sugerem um mercado de trabalho apertado.

Os últimos indicadores econômicos dos EUA, somados às falas recentes de Powell, levaram os mercados a precificar um aumento de 0,5 ponto percentual dos juros na reunião que acontecerá no fim deste mês.

As expectativas estão agora sobre a divulgação do payroll amanhã.

Novo arcabouço fiscal

Nesta quinta, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, e Simone Tebet, ministra do Planejamento, se reuniram para discutir sobre a proposta do novo arcabouço fiscal que substituirá o atual teto de gastos.

A jornalistas, Tebet disse que a nova regra agradará a todos, incluindo o mercado, porque “atende aos dois lados”, tanto em receita quanto em despesa. Segundo a ministra, a proposta garantirá responsabilidade fiscal. O novo arcabouço atende o objetivo de zerar o déficit fiscal e estabilizar a relação entre dívida e PIB, disse.

As regras e os números do arcabouço serão detalhados por Haddad após apresentação ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comunicou Tebet.

Ministério da Fazenda finalizou o texto na semana passada, mas ainda precisa do aval de Lula e dos demais ministérios da área econômica.

Haddad reforçou que a proposta do novo arcabouço fiscal deverá ser divulgada publicamente antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para os dias 21 e 22 de março.

Lucas Almeida, especialista em investimentos e sócio da AVG Capital, afirma que o mercado aguarda por medidas que apontem uma preocupação com a sustentabilidade das contas públicas e estejam alinhadas com as expectativas globais, especialmente a trajetória dos juros americanos e a retomada da economia chinesa.

“Os investidores estão atentos às próximas notícias e desdobramentos desse tema, já que a implementação de um arcabouço fiscal sólido e coerente pode ter um impacto significativo na economia do país”, comenta.

Altas e baixas

As ações do setor de turismo foram novamente os destaques de alta do Ibovespa. Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) dispararam 18,95% e 9,15%, respectivamente, enquanto CVC (CVCB3) reportou ganhos de 9,74%. Novos acordos de renegociação de dívida e os resultados do quarto trimestre de 2022 animaram investidores do setor.

Do lado negativo, Hapvida (HAPV3) voltou a cair forte após a companhia comunicar que avalia alternativas para fortalecer sua estrutura financeira, incluindo a possibilidade de realizar um aumento de capital via emissão de novas ações. Os papéis da operadora de planos de saúde despencaram 33,56%.

O dia foi ruim também para CSN (CSNA3) e 3R Petroleum (RRRP3), que divulgaram seus resultados ontem à noite.

A ação da Petrobras (PETR4) virou nos últimos minutos e fechou em queda de 0,43%. Vale (VALE3) recuou 1,31% hoje.

Os bancos também tiveram um pregão predominantemente negativo.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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