Bula do Mercado

Ibovespa hoje: Mercado se apoia em cenário de menos altas de juros, apesar dos riscos ao crescimento

16 ago 2022, 8:04 - atualizado em 16 ago 2022, 8:04
Mercados
Ibovespa recebe suporte de ações ligadas à demanda doméstica, com expectativa de menos altas nas taxas de juros, mas riscos ao cenário econômico permanecem (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O Ibovespa conseguiu ontem se desvencilhar da desaceleração da China e fechou em alta, já na faixa dos 113 mil pontos. Apesar da pressão negativa das commodities metálicas sobre as exportadoras, as ações ligadas à demanda doméstica deram ritmo à renda variável local.

Esse típico movimento de migração reflete uma postura mais defensiva dos investidores e tem a ver com a expectativa de menos altas nas taxas de juros. Afinal, se o mundo cresce menos, a inflação tende a ser mais baixa, favorecendo uma postura mais suave por parte dos bancos centrais, principalmente do Federal Reserve.

É este pano de fundo que tem permitido uma dinâmica mais positiva das bolsas globais, sugerindo que uma recessão pode ser evitada. Ainda assim, os riscos a esse cenário permanecem, em meio aos desafios às economias da Europa e da China.

Nessas regiões, os problemas relacionados ao fornecimento de gás e ao setor imobiliário, respectivamente, continuam pesando. Porém, as incorporadoras chinesas lideraram os ganhos na Ásia hoje. Pequim sinalizou que dará garantias de crédito às incorporadoras através da estatal China Bond Insurance, surpreendendo o mercado.

Em reação, Xangai fechou com um ligeiro viés positivo (+0,05%), enquanto Hong Kong cedeu 1,05%, pressionado pelo recuo de ações como Alibaba (BABA34) e Petrochina. Já as ações da Longfor saltaram 11%, assim como a construtora Country Garden, com +9%.

Aliás, dados sobre o setor imobiliário estão em destaque na agenda econômica dos Estados Unidos, juntamente com o desempenho da produção industrial. À espera dos números, os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram com um viés negativo. Já as praças europeias abriram em alta, pegando carona nos ganhos da véspera em Wall Street.

Eleições no radar

Por aqui, com o fim da temporada de balanços, o cenário eleitoral entra de vez no radar. Ainda mais com o início da propaganda eleitoral a partir de hoje. Já o horário gratuito no rádio e na TV começa na sexta-feira da semana que vem (26).

A divulgação de pesquisas eleitorais também ganha força nesta semana. Ontem à noite, o Ipec (antigo Ibope) apontou que Lula tem 44% das intenções de votos contra 32% de Bolsonaro. No segundo turno, a vantagem do ex-presidente se ampliaria para 51 x 35%.

Vale notar que a pesquisa do FSB, encomendada pelo BTG Pactual, e também divulgada ontem, trouxe um resultado similar e favorável ao petista. Ambos os levantamentos têm caráter nacional e ouviram 2 mil entrevistados.

Porém, a campanha de Bolsonaro já fala em empate técnico com Lula até o fim deste mês. A previsão é amparada em uma reação do atual presidente, como resultado dos primeiros efeitos do novo Auxílio Brasil de R$ 600 e outros benefícios aprovados na PEC Kamikaze. A conferir.

A seguir, veja o desempenho dos mercados financeiros por volta das 7h50:

EUA: o futuro do Dow Jones tinha queda de 0,20%; o do S&P 500 caía 0,24%; e o do Nasdaq recuava 0,25%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 tinha alta de 0,27%; a bolsa de Frankfurt subia 0,57%; a de Londres avança 0,55% e a de Paris ganhava 0,30%.

Câmbio: o DXY tinha alta de 0,29%, a 106.86 pontos; o euro tinha queda de 0,29%, a US$ 1,0131; a libra caía 0,28%, a US$ 1,2019; o dólar tinha alta de 0,58% ante o iene, a 134,09 ienes.

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos caía a 2,831%, de 2,839% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 3,249%, de 3,257% na sessão anterior

Commodities: o futuro do ouro tinha queda de 0,43%, a US$ 1.790,40 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 0,62%, a US$ 88,88 o barril; o do petróleo Brent cedia 0,99%, a US$ 94,14 o barril; o minério de ferro para janeiro teve queda de 1,04% em Dalian (China), a 715 yuans

Colaborou Lucas Simões.

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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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